Ensaios sobre a relação do homem com a morte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Correa, Mariele Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/105608
Resumo: Apesar de ser uma certeza que acompanha o homem ao longo de sua existência, a morte ainda é um tema que assombra, desperta temores e representa o limite das pretensões do homem moderno de obter um controle absoluto sobre seu destino. A persistente luta do homem contra a morte o faz buscar, incansavelmente, meios de bani-la de seu universo ou, pelo menos, de enfraquecê-la e retardar suas fatídicas incursões mundanas. No presente trabalho, propomo-nos analisar a relação do homem com a morte, tomando-a como uma importante fonte de inspiração da vida, que faz emergir práticas diversas no cotidiano, conhecimentos, simbologias, sentimentos e percepções, mercadorias, negócios, políticas de gestão do processo de viver e morrer, dentre outras produções que tentam afugentar o espectro da finitude. Para tanto, recolhemos informações de historiadores sobre a relação do homem com a morte e analisamos as expressões atuais dessa relação em narrativas de idosos, romances, poemas, letras de música, seriados televisivos, moda, nas redes sociais e na internet. Foi possível vislumbrar diferentes imagens e movimentos do homem na sua relação com a morte. Ao longo da história, tal relacionamento oscilou entre uma estreita proximidade, como ocorria na Idade Média, a uma atitude de evitação e busca de distanciamento, como acontece na atualidade. Em outros tempos, ainda que bastante temida, a morte estava relativamente próxima, como nas práticas de cuidado do corpo morto, no seu velamento no ambiente doméstico, entre outras. Aos poucos, porém, ela foi afastada do cenário da vida, tanto pelo aumento da longevidade quanto pelo mercado e pela tecnologia, que foram se colocando como mediadores do contato do homem com o espectro da morte