Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lucchetti, Alessandra Lamas Granero
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Orientador(a): |
Moreira-Almeida, Alexander
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Banca de defesa: |
Bastos, Marcus Gomes
,
Tibiriça, Sandra Helena Cerrato
,
Gorzoni, Milton Luiz
,
Motta, Luciana Branco da
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4952
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Resumo: |
Introdução: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e essa rápida transição demográfica traz novos desafios à medicina. Nesse contexto, a incorporação do ensino da geriatria torna-se uma necessidade no ensino médico. Entretanto, ainda são poucos os estudos que avaliam o quanto essas intervenções poderiam repercutir na formação do estudante de medicina. Trazer evidências científicas sobre o ensino médico nessa área pode auxiliar na definição de estratégias didáticas em geriatria, necessárias a um efetivo processo ensino-aprendizagem e baseadas em evidências. Objetivo: Avaliar o impacto de diferentes estratégias educacionais sobre o tema “Geriatria e Gerontologia” ao longo da graduação no desenvolvimento de competências do estudante de medicina perante o idoso. Método: Foi realizado um estudo de intervenção em educação (desenho pré-pós teste com grupo controle não randomizado) em diferentes períodos do curso de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. No primeiro período foram comparadas novas estratégias educacionais breves (oficinas “vivência do envelhecimento” e “mitos do envelhecimento”) em relação a uma turma controle (não submetida à intervenção). No quinto período, duas diferentes estratégias educacionais incorporadas a uma disciplina teóricoprática de geriatria (flipped classroom/sala de aula invertida e aulas expositivas) foram comparadas a um grupo controle (que não teve a intervenção). Todos os alunos foram avaliados quanto à sua atitude perante o idoso (Maxwell-Sullivan, UCLA geriatric atittudes, Neri), empatia (Maxwell-Sullivan), conhecimento (Palmore, conhecimentos cognitivos) e no grupo submetido às intervenções foram avaliadas ainda as habilidades (mediante a utilização de uma avaliação com paciente padronizado) e a opinião dos estudantes sobre a disciplina. Os dados foram avaliados por meio de estatística descritiva e com a utilização de teste t ou ANOVA para medidas independentes (comparação entre grupos) e teste t ou ANOVA para medidas repetidas (para avaliação em diferentes momentos). Resultados: Foram avaliados 230 alunos do primeiro período, que foram divididos em 72 do grupo “controle" - GC, 82 do grupo “vivência do envelhecimento" - VE e 76 do grupo “mitos do envelhecimento" - ME). Comparando-se cada grupo no pós e pré intervenção, o grupo VE teve piora da atitude geral, menor índice de conhecimento e um maior negativismo, porém com aumento da empatia. Já o grupo ME, teve melhora da atitude geral, maior conhecimento e maior positivismo. Na comparação entre essas diferentes estratégias, o ME teve maior atitude e conhecimento em relação aos grupos VE e grupo “controle”. No quinto período, foram avaliados 243 estudantes, sendo 77 do grupo “controle” – GC (sem exposição a geriatria), 83 do grupo exposto ao método tradicional (TR) e 83 do grupo exposto ao método flipped classroom (FL). Apesar do grupo TR e FL terem apresentado grande aumento no conhecimento, atitudes e habilidades em relação ao GC e comparando-se antes e após a intervenção, o grupo FL apresentou maior ganho de conhecimento dos estudantes e um aumento na atitude comparado com o TR. Não houve diferença na avaliação de habilidades com paciente simulado. Os estudantes submetidos a FL sentiam-se mais preparados para atender o idoso, julgavam ter um maior conhecimento e avaliaram melhor o formato da disciplina em relação ao grupo tradicional no questionário de avaliação da disciplina. Conclusão: O presente estudo mostra que estratégias breves ou mais longas no ensino da geriatria podem impactar o conhecimento, atitude, empatia e a percepção a respeito das mesmas pelos estudantes, dependendo da forma com que são oferecidas. Esses resultados mostram a importância de aferir as estratégias educacionais no ensino médico para que seja possível verificar de que forma, em quais situações e em que contexto tais atividades são mais efetivas, orientando suas escolhas no decorrer do processo ensino-aprendizagem. |