O uso longitudinal da avaliação geriátrica ampla em um centro oncológico no Brasil: estudo piloto em  portadores de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Karnakis, Theodora
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-12052015-083558/
Resumo: Introdução: O Câncer e o envelhecimento estão integralmente relacionados e evidenciam um inexorável aumento nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil o câncer de mama é o mais frequente nas mulheres com aumento de sua incidência e mortalidade na população idosa. A avaliação Geriátrica Ampla (AGA) é instrumento seguro e utilizado por geriatras, para estratificar os idosos entre diferentes níveis de fragilidades e tem por objetivo determinar as deficiências e incapacidades para um planejamento individual do cuidado. Objetivos : Avaliar a utilidade da AGA e sua aplicabilidade como instrumento de monitoramento longitudinal em mulheres idosas portadoras de câncer de mama no Brasil. Material e métodos: Estudo coorte, prospectivo, quasi experimental em mulheres idosas, com >= 60 anos, provindas do sistema público de saúde, recém diagnosticadas do câncer de mama e que iriam iniciar tratamento oncológico. As pacientes foram seguidas por dois anos e avaliadas pelos parâmetros da AGA: Escala de Comorbidades de Charlson; Atividades básica de vida diária (ABVD); Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD); Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ; Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15); Mini Avaliação Nutricional (MAN) e pela Escala de Sintomas de Edmonton ao diagnóstico e a cada 4 meses no primeiro ano e após 2 anos do diagnóstico. Resultados: 20 idosas de idade média 70,2 (+ - 7.03 ), receberam um total de 97 AGAs no decorrer de 2 anos. A AGA identificou novas fragilidades em 90% das avaliações, com ampliação da conduta clinica, e 45% das pacientes tiveram o tratamento oncológico modificado após a avaliação. Como instrumento de monitoramento, houve uma tendência de diminuição do numero de novos diagnósticos após cada AGA realizada ao longo de 2 anos. Conclusão: O presente estudo valida a importância do uso da AGA na população idosa com câncer de mama no Brasil ao identificar fragilidades e sugerir mudanças no plano do tratamento oncológico. Novos estudos, em diversos tipos de câncer, com maior tempo de seguimento, são necessários para avaliar o impacto da AGA na população idosa em tratamento oncológico