La Casa de la Belleza e a sociedade da fealdade: a violência de gênero inventa novas maquiagens e o campo discursivo de ação livro-leitor a demaquila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Heitor Luique Ferreira de lattes
Orientador(a): Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues lattes
Banca de defesa: Carrizo, Silvina Liliana lattes, Costa, Lucas Esperança da lattes, Mora, Edisson Arbey lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17976
Resumo: Esta dissertação lê a obra La Casa de la Belleza (2015), da colombiana Melba Escobar, com a lupa da violência de gênero e com a resposta da decolonialidade do gênero (Lugones, 2014). Ao fazê-lo, forja-se, do começo ao fim, o Campo Discursivo de Ação Livro-Leitor (a hipótese deste trabalho), o qual é uma extensão e uma recontextualização do conceito Campo Discursivo de Ação elaborado por Sonia Alvarez (2019), uma teoria dos estudos feministas que nasce totalmente da práxis e que promove a ideia de Campo em detrimento de Movimento, pois este último, grosso modo, traria em si problemáticas que precisam ser superadas. No campo discursivo de ação livro-leitor, em diálogo com Clément Rosset (1988) e Antoine Compagnon (2014), a literatura deixa de lado o seu suposto caráter representacional e anuncia-se como realidade, ou seja, ela não é uma narrativa que duplica o mundo, ela é também o mundo, ela é um fato social, um discurso como “qualquer outro”, ela é inerente ao corpus social. O campo discursivo de ação livro-leitor, valendo-se do jogo de claroscuro depreendido de La Casa de la Belleza e expandindo o mesmo, desvenda a organização social de gênero (Saffioti; Almeida, 1995) que engendra a violência de gênero e a normatiza; na medida em que empreende esta “descoberta”, o presente estudo dá nome aos bois, põe cada fato em seu lugar e conclui que vivemos na sociedade da fealdade, que não só finge ser bela, como tem ojeriza ao belo. Definitivamente, o belo será entendido com o suporte de Byung-Chul Han (2019) e suleará a esperança.