Tempo e espaço na prosa-poética Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bourneuf, Françoise Jan Sommer lattes
Orientador(a): Schmitt, Maria Aparecida Nogueira lattes
Banca de defesa: Silva, Maria Andréia de Paula lattes, Santos, Odirlei Costa dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF)
Programa de Pós-Graduação: -
Departamento: -
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6530
Resumo: Vermelho Amargo, obra do escritor contemporâneo mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, publicada em 2011, está alicerçada na temática da memória dos tempos de infância, sugerindo uma reflexão sobre as características do tempo e a localização dessas memórias. A narrativa configura-se como prosa-poética, escrita em primeira pessoa, apresentando a história de um narrador-personagem que, em sua maturidade, revisita os espaços significativos de sua meninice e recria as sensações experimentadas em uma infância marcada pela falta de amor. O enredo apresenta um tempo não linear, composto por fragmentos de cenas da vida cotidiana. Vermelho Amargo é um texto assinalado pelos espaços habitados na infância e, mais especificamente, no restrito espaço da casa-natal, por personagens envolvidos nesse universo, interiorizados em suas angústias e anseios. Em decorrência dessas particularidades da obra, o tempo indefinido da infância e a força do espaço casanatal, optou-se por privilegiar neste estudo a análise dos elementos narrativos tempo e espaço. Entre as fontes teóricas que fundamentam esta pesquisa destacam-se as considerações de Gaston Bachelard e os pressupostos de Walter Benjamin, presentes em todo o estudo. Compartimentos de doçuras, de amarguras, de segredos, de descobertas se confluem na arquitetura textual onde transitam lembranças e se escondem espectros do passado e angústias do presente.