Vermelho amargo: no limiar entre o vivido e o sonhado.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19048 |
Resumo: | A presente dissertação tem por objetivo percorrer os caminhos da memória na obra ficcional Vermelho amargo (2011), de Bartolomeu Campos de Queirós. Para tanto, parte-se da premissa de que não existe memória pura. Como nos afiança Bartolomeu, a memória é sempre fantasiosa. Considerando que é no limiar entre o vivido e o sonhado que a prosa poética é tecida, a pesquisa mescla elementos da vida do escritor com base em textos, entrevistas e depoimentos com o texto ficcional. É na simbiose permanente entre o vivido e o sonhado, entre a memória real e a memória fantasiada que a ficção de Vermelho amargo se sustenta. A memória é ressignificada na prosa poética e sobre o papel as palavras transitam entre o doce e o amargo, tecidas a partir das imagens metafóricas. O intuito da pesquisa é apontar que nas obras de cunho autoficcional, como é o caso de Vermelho amargo, deve sobressair o texto literário, sendo desnecessário delimitar a fronteira entre o vivido e o sonhado tendo em vista que a literatura se instaura na dúvida. Dialogam como suporte teórico para a elaboração da dissertação as contribuições de Serge Doubrovsky (autoficção), Philippe Lejeune (autobiografia), Bachelard (memória, imaginação, fantasia), Roland Barthes (conceito de biografema), Rodrigues Lapa (fantasia das palavras – valor intelectual e afetivo das palavras), Chevalier e Gheerbrant (estudo de símbolos), Jacques Rancière (partilha do sensível), Marisa Gama-Khalil e Liliân Borges (mirada interna), dentre outros autores. |