As diferenças e o currículo: reflexões à luz da filosofia bergsoniana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gusmão, Luka de Carvalho lattes
Orientador(a): Marques, Luciana Pacheco lattes
Banca de defesa: Amaral, Aimberê Guilherme Quintiliano Rocha do lattes, Monteiro, Sandrelena da Silva lattes, Veiga-Neto, Alfredo José da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5488
Resumo: Nesta dissertação apresento o desenvolvimento da pesquisa na qual procurei responder à seguinte questão: Quais as relações entre as diferentes durações vividas pelos alunos e alunas, e o currículo escolar, tomando a filosofia bergsoniana como referencial teórico para compreender tais relações? Ao longo desta pesquisa, meu objetivo foi desenhar uma imagem aproximada das formas pelas quais as relações entre as diferentes durações e o currículo foram vivenciadas nos temposespaços da escola e da sala de aula, adotando como principal fundamentação teórica a filosofia bergsoniana. Para responder à mencionada questão e atingir o objetivo deste trabalho, abordei a noção de diferença presente no pensamento bergsoniano, discutindo o significado dos conceitos de diferença de natureza e diferença de grau e mostrando que a duração – entendida como movimento de diferenciação qualitativa – constitui a experiência profunda da consciência humana. Em seguida, aprofundei minhas reflexões sobre o campo curricular, procurando mapear as principais tendências teóricas que se formaram em sua história e as pesquisas nele produzidas atualmente acerca da questão das diferenças. Como proposta metodológica, coloquei em diálogo as regras do método intuitivo desenvolvido por Bergson e as pesquisas nos/dos/com os cotidianos, que me levaram a mergulhar no cotidiano de uma escola estadual do município de Juiz de Fora, Minas Gerais, e, mais especificamente, nos temposespaços de uma turma de 4º ano do ensino fundamental, na qual os alunos e alunas produziram narrativas sobre suas próprias durações. Após apresentar as narrativas produzidas pelos alunos e alunas, sustento que foi possível perceber em cada duração um movimento de diferenciação qualitativa singular. As diferentes durações vividas pelas crianças, bem como as relações estabelecidas por elas, traçaram diferentes currículos, compostos por diferentes memórias, desejos, sentimentos, conhecimentos e práticas.