NAS TRILHAS DO IMPULSO VITAL: COMPREENDENDO A MÍSTICA BERGSONIANA.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/770 |
Resumo: | É objeto deste trabalho compreender a mística, conforme formulada por Henri Bergson em As Duas Fontes da Moral e da Religião, sua última obra. As reflexões do filósofo apresentam os dois modos de manifestação religiosa, por ele denominadas estática e dinâmica: a primeira, caracterizada pelas religiões institucionalizadas, com seus dogmas e doutrinas, cujos traços são reconhecidos como responsáveis pelos processos de coesão social; a segunda, denominada dinâmica, identifica-se com a mística, objeto de análise deste trabalho. A polissemia do termo mística e a complexidade do fenômeno demandaram uma pesquisa sobre o desenvolvimento histórico e linguístico de suas raízes. A mística é compreendida nesta tese como uma experiência humana, subjetiva, que estabelece, de forma consciente, uma relação direta e sem intermediações com Deus ou o Absoluto ou, melhor ainda, com o Mistério, e causa profunda transformação no sujeito da experiência, com consequências sociais e comunitárias. A mística, expressão definitiva da metafísica bergsoniana, resulta de um processo intuitivo e estabelece a impossibilidade de a inteligência e a racionalidade atingirem o Absoluto. A base de suas reflexões se encontra nas teorias da evolução. Defende não haver oposição entre criacionismo e evolucionismo e estabelece a existência de um élan vital, um impulso criador da vida que, junto à matéria, desenvolve o planeta e suas espécies. Encontramos, na construção do pensamento metafísico de Bergson e na utilização de seu método intuitivo, elementos que podem sustentar a tese proposta: nosso entendimento de que a pulsão individual pela busca de sentido é parte da estrutura da consciência humana e a compreensão de que existe um processo evolutivo ascendente, intrínseco à vida e empreendido pela humanidade, cuja realização atinge seu ápice e âmago não somente na experiência mística, mas na ação amorosa que dela decorre. |