Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Gusmão, Pricila da Silva
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Orientador(a): |
Chaves Netto, Henrique Duque de Miranda
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Banca de defesa: |
Miranda, Henrique Duque de
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Raposo, Nádia Rezende Barbosa
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Villalta, Nayara Fernanda Barchetta
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Souza, Leandro Napier de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18114
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Resumo: |
A extração do dente resulta em alterações nos tecidos moles e duros, as quais podem afetar a instalação de implantes. A utilização de fibrina rica em plaquetas e leucócitos (L-PRF), isoladamente ou em conjunto com outro biomaterial, tem sido adotada para facilitar o reparo ósseo e otimizar a adesão dos enxertos ósseos. O objetivo deste estudo clínico controlado randomizado, prospectivo e cegado, foi verificar, comparativamente em humanos, por histomorfometria, após um período de oito semanas, a eficácia da L-PRF isolada ou associada à biocerâmica à base de fosfato de cálcio bifásico contendo hidroxiapatita e beta fosfato tricálcio (HA/β-TCP), no processo de reparo ósseo em alvéolos maxilares frescos. A amostra foi composta por sessenta leitos cirúrgicos de 15 voluntários de ambos os sexos com idades entre 41 e 69 anos (média de 56,7 8,2 anos), com indicação de enxerto pós-exodontia de elementos unirradiculares, para manutenção do rebordo alveolar e posterior inserção de implantes. Os alvéolos dentários foram randomizados para uma das quatro abordagens: controle (CTR), apenas exodontias; Autogenous Bone (AB), osso autógeno particulado; L-PRF (LPRF), membrana de L-PRF, e; L-PRF + HA/β-TCP (LPRFHA), L-PRF associada ao enxerto sintético. A conduta cirúrgica foi realizada em duas etapas com intervalo de oito semanas, sendo a primeira para remoção dos elementos dentários e enxertia dos alvéolos, e a segunda, após oito semanas (54-60 dias; média de 57,5 1,9 dias) direcionada às coletas ósseas para análises histomorfométricas e inserção dos implantes. A histomorfometria da área de reparo ósseo (ARO) foi baseada em dez fotomicrografias de cada lâmina, sendo analisadas quantativamente no software ImageJ. Foram aplicados o método de análise de variância (ANOVA one way) com testes F, seguido pelas comparações múltiplas com post-hoc de Bonferroni, todos estabelecidos em p 0,05. Ao comparar as medidas de ARO (%) houve diferença estatística (p = 0,014) no par (CTR LPRFHA). Nas comparações múltiplas observou-se que o grupo controle (CTR) exibiu a maior taxa média de ARO (62,4 18,6%) em relação ao LPRFHA com menor taxa média de ARO (55,8 17,2%), significativos com p = 0,012. Os grupos de interesse LPRF e LPRFHA não apresentaram diferenças significativas estatisticamente. Na comparação entre os grupos LPRF e AB (padrão-ouro), ambos apresentaram as mesmas taxas médias de ARO (60,2 17,5% e 60,1 20,0%, respectivamente). Assim, pode-se concluir que, em humanos, tanto a L-PRF isolada quanto associada ao enxerto sintético HA/β-TCP, foram eficazes, em curto prazo, no processo de reparo ósseo; no entanto, a L-PRF isoladamente apresentou o mesmo percentual de formação óssea do AB. Quando associada ao enxerto sintético HA/β-TCP, a L- PRF demonstrou uma tendência em reduzir o processo de reparo ósseo. Desta forma, este estudo valida o uso isolado da L-PRF em humanos, como um biomaterial para a formação de osso vital em alvéolos maxilares pós-exodontias, potencializando a reparação óssea no período de oito semanas. |