Eficácia do uso da PRF e do PRP no enxerto ósseo alveolar em pacientes com fissura labiopalatina - revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Babadopulos, Carlos Nicolau Feitosa de Albuquerque Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-22042024-120457/
Resumo: O Enxerto ósseo alveolar (EOA) é um procedimento cirúrgico realizado em pacientes com fissuras labiopalatinas (FLP) quando há envolvimento do rebordo alveolar. O material de enxertia considerado padrão ouro para reconstrução deste tipo de defeito ósseo é o osso autógeno (OA) da crista ilíaca anterior (CIA) por apresentar propriedades osteogênicas, osteoindutoras e osteocondutoras e volume suficiente tanto para fissuras unilaterais quanto bilaterais. O OA da sínfise mandibular (SM) ou mento tem sido utilizado na rotina do serviço de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP) para reconstrução de defeitos ósseos alveolares de fissuras unilaterais, porém tem apresentado volume insuficiente para o preenchimento em algumas fissuras alveolares, tanto pela amplitude da fissura ou pela deficiência da área doadora. Portanto, um material adicional como os agregados plaquetários (PRF e PRP) poderia melhorar a qualidade do enxerto. O objetivo do estudo foi realizar uma revisão sistemática dos ensaios clínicos randomizados que comparem o enxerto ósseo alveolar em pacientes com FLP utilizando osso autógeno e osso autógeno associado à PRF para avaliar a eficácia do seu uso neste procedimento e embasar o uso do OA da SM em associação a um biomaterial e à membranas de PRF ou PRP na reconstrução de defeitos alveolares em pacientes com FLP tanto unilaterais quanto bilaterais. Foram selecionados ensaios clínicos que compararam os agregados plaquetários (PRP e PRF) associados ao OA com grupos controles que realizaram o EOA somente com OA em pacientes com FLP. Foram selecionados 15 estudos publicados de ensaios clínicos randomizados de EOA em pacientes com FLP para realizar uma revisão sistemática com meta-análise para avaliar a eficácia do seu uso neste procedimento. Destes 15 estudos incluídos na revisão, 9 não apresentaram diferença estatística significativa. Apesar disso, o uso destes agregados plaquetários associados ao OA de regiões intrabucais ou a biomateriais mostraram resultados comparáveis e podem ser usados para reconstrução de defeitos ósseos de fissuras labiopalatinas tanto unilaterais quanto bilaterais, tendo como vantagem o aumento do volume do material, podendo ser evitado o uso de OA da CIA. Conclui-se então que mais estudos de ensaios clínicos controlados e randomizados com baixo risco de viés são necessários para avaliar a eficácia dos agregados plaquetários no EOA.