Comparação do efeito da terapia fotodinâmica antimicrobiana na descontaminação de implantes, associados ou não ao uso de L-PRF em defeitos peri-implantares induzidos em Minipigs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Bárbara Furtado Masalskas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-02122022-151501/
Resumo: Introdução: Até o presente momento não há tratamento padrão ouro para a peri-implantite, portanto, há uma necessidade de se testar/estabelecer um protocolo terapêutico efetivo na descontaminação e reparo ósseo de implantes afetados e, se possível possibilitar a regeneração do tecido perdido no transcurso da doença. O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil microbiológico, inflamatório e clínico da peri-implantite induzida em Minipigs e avaliar o efeito da terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) associada ao uso de L-PRF, na descontaminação e re-osseointegração de defeitos peri-implantares. Materiais e Métodos: Oito Minipigs tiveram seus terceiros, quartos pré-molares e primeiro molar mandibulares extraídos. Após a espera de 2 meses foi realizada a instalação de 8 implantes, seguida da instalação de cicatrizadores, dois meses após. Duas semanas após a instalação dos cicatrizadores, foram instaladas ligaduras ao redor dos implantes para indução da doença peri-implantar. Antes da instalação das ligaduras, foi realizada a coleta de fluido crevicular, seguido da coleta de biofilme submucoso, sendo assim determinado os parâmetros de saúde peri-implantar (t0-inicial). Seis semanas após a instalação das ligaduras foi realizada outra coleta de biofilme submucoso para constatação da evolução da doença peri-implantar (t1- 6 semanas). Doze semanas após a instalação das ligaduras, prazo que foi estendido no decorrer do projeto, a doença peri-implantar foi constatada através de radiografias periapicais. Em seguida, foi realizada a remoção das ligaduras e após duas semanas de fase crônica, as regiões foram tratadas. Prévio ao tratamento, foram realizadas nova coleta de fluido crevicular, seguido da coleta de biofilme submucoso, sendo assim determinado os parâmetros de doença peri-implantar (t5-pré-tratamento). Foram quatro tipos de tratamento: nenhum tratamento, descontaminação através de raspagem manual com curetas, descontaminação com raspagem associada TFDa ou descontaminação com raspagem associada à TFDa e ao uso de L-PRF. Após 12 semanas do tratamento, foi feita reabertura para a mensuração clínica dos defeitos, instalação de cicatrizadores estéreis e, após 15 dias, a eutanásia dos animais juntamente com as coletas de biofilme submucoso e fluido crevicular (t7-pós-tratamento). Para caracterização da periimplantite, foi realizada a análise de citocinas por Luminex (perfil inflamatório), o DNA-DNA Checkerboard (perfil microbiológico) e a avaliação clínica da doença através de sondagens. Para avaliar o efeito do uso combinado da TFDa associada ou não ao L-PRF, na descontaminação e reparo ósseo dos defeitos peri-implantares foram realizadas análises clínicas de extensão do defeito, micro-CT, e histomorfometria com uma análise qualitativa de score inflamatório. Resultados: Os resultados não demonstraram diferenças estatisticamente significante entre os grupos de tratamento. Em geral, não foi possível detectar ganhos ósseos significantes nas amostras na comparação dos dados lineares, tanto com o uso da microtomografia quanto com a avaliação histomorfométrica. A análise histomorfométrica quantitativa de inflamação demonstrou que o grupo controle negativo apresentou scores aumentados com indícios que podem denotar reabsorção óssea progressiva. A indução da doença, no entanto, foi exitosa com evidências de shift de uma microbiota preponderante compatível com o estágio inicial com evolução para doença peri-implantar e para uma microbiota patogênica ao final da indução.