Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Giuliana Xavier de
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Orientador(a): |
Bizarro, Heloísa D’Ávila da Silva
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Banca de defesa: |
Toledo, Daniel Afonso de Mendonca
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11889
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Resumo: |
A tuberculose (TB) é a principal causa de morte por agente infeccioso no mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos anualmente. É uma doença causada por micobactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis, caracterizada pela infecção de células do sistema imunológico inato residentes do pulmão. Os macrófagos são as primeiras células envolvidas na tentativa de controlar a infecção, através da síntese de citocinas inflamatórias, espécies reativas de oxigênio (ROS) e nitrogênio (RNS), peptídeos antimicrobianos, mediadores lipídicos, como a prostaglandina E2, e recrutamento de outras células. O patógeno, porém, é capaz de subverter a maquinaria macrofágica a seu favor, levando à inibição das respostas antimicrobianas e favorecendo um perfil anti-inflamatório e adipogênico, que permite sua sobrevivência dentro da célula. O tratamento da TB é feito com antibióticos, porém devido ao tratamento inadequado ou descontínuo, novas linhagens multi-droga resistentes surgiram. Na era pré-antibiótico, a vitamina D era usada como forma de tratamento para a TB. Estudos mostram que esta é capaz de potencializar a produção de peptídeos antimicrobianos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da vitamina D na formação de corpúsculos lipídicos e síntese de mediadores inflamatórios durante a infecção experimental in vivo e in vitro por M. bovis BCG. Para tal, foi realizada a pleurisia induzida por BCG em camundongos machos C57BL/6 tratados ou não com 2,5UI da forma ativa da vitamina D (1,25(OH)2D3). Paralelamente, realizamos a infecção in vitro de macrófagos murinos, tratados ou não com vitamina D. Nossos resultados demonstraram que a vitamina D inibe a migração de neutrófilos nos animais infectados, bem como inibe a formação de corpúsculos lipídicos e síntese de PGE2, tanto na infecção in vivo, quanto in vitro. Além disso, a vitamina D inibe parcialmente a expressão de PPAR-γ nos macrófagos infectados e potencializa a síntese de TNF-α. Esses dados sugerem um papel protetivo da vitamina D durante a infecção por M. bovis BCG, uma vez que parece potenciar uma resposta mais próinflamatória nos macrófagos. |