Caracterização de corpúsculos e mediadores lipídicos em linhagens tumorais metastáticas e não metastáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Campos, Laíris Cunha lattes
Orientador(a): Bizarro, Heloísa D’Ávila da Silva lattes
Banca de defesa: Almeida, Patrícia Elaine de lattes, Roque, Natália Roberta lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
4T1
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14175
Resumo: Os corpúsculos lipídicos (CL) são organelas dinâmicas que exercem inúmeras funcionalidades, destacando-se a regulação do metabolismo de lipídeos, estando presente em células normais e em células associadas com processos inflamatórios, os quais se associam a progressão tumoral. O câncer de mama é uma enfermidade que apresenta elevada incidência na população; onde o aumento da lipogênese e descontrole proliferativo celular caracterizam a patologia. Diversos estudos correlacionaram à progressão tumoral com a quantificação de corpúsculos lipídicos, bem como a produção de mediadores inflamatórios; uma vez que, em estágios avançados da doença, é observado um elevado número de CL no sítio tumoral, assim como, a produção de mediadores inflamatórios. Adicionalmente, o conhecimento sobre papel da a via de sinalização mTOR vem sendo utilizado afim de sugerir novas terapêuticas ao câncer. Muitos estudos, visando elucidar mecanismos que promovam homeostase, bem como o entendimento da progressão do cancro de mama, utilizam de duas linhagens murinas (4T1 e 67 NR), facilmente transplantadas e tumorigênicas para os devidos fins. O presente trabalho consiste em caracterizar a produção de CL e mediadores inflamatórios em duas linhagens tumorais mamárias murinas, uma com capacidade invasiva (4T1) e a outra não metastática (67NR), e em macrófagos peritoneais tratados com sobrenadante das células 4T1 e 67NR. Corroborando, foi analisado a o papel da via mTOR modulação do metabolismo lipídico por meio do tratamento com rapamicina nos diferentes tipos celulares. Para este estudo as células tumorais foram cultivadas nos intervalos de tempo 24 e 48 h em meio RPMI-1640 contendo diferentes concentrações de SFB (0 a 10%), pré-tratadas ou não com rapamicina. Nossos resultados demonstraram que a formação de CL nas duas linhagens é diretamente proporcional a concentração de SFB utilizado e do tempo de cultivo. Observou-se um aumento na produção de leptina e TGF-β , com respectivo decréscimo de adiponectina pelas duas linhagens estudadas. Adicionalmente, observamos indução de formação de CL e PGE2 em macrófagos tratados com sobrenadante das linhagens tumorais. Após tratamento com rapamicina houve uma inibição de CL, e aumento de PGE2 quando as células tumorais e macrófagos foram pré-tratados com rapamicina. Em concomitância com alguns trabalhos, é nítido a participação de CL no desenvolvimento tumoral, e que sua elevada quantificação está relacionada a um pior prognóstico do cancro, devido à produção de mediadores inflamatórios. Cabe ainda salientar que, as expressões de adiponectinas e leptinas podem ser consideradas como marcadores da avaliação cancerosa, onde elevados níveis de Leptina são vistos em um pior prognóstico no Câncer de Mama.