Conhecimento dos pacientes de um hospital de ensino a respeito dos medicamentos prescritos na alta hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lupatini, Evandro de Oliveira lattes
Orientador(a): Vieira, Rita de Cássia Padula Alves lattes
Banca de defesa: Caetano, Rosângela lattes, Alves, Terezinha Noemides Pires lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/437
Resumo: A farmacoterapia sempre assumiu um importante papel na prevenção, manutenção e recuperação da saúde. Entretanto, a prescrição e a utilização inapropriada de medicamentos vêm causando graves problemas à saúde coletiva, de forma que há necessidade do uso racional de medicamentos. Há um consenso na literatura de que pacientes informados são mais propensos ao cumprimento de regimes terapêuticos. No contexto hospitalar, o momento da alta é considerado crítico, uma vez que envolve a transição do paciente em níveis assistenciais. O trabalho buscou verificar o conhecimento dos pacientes a respeito dos medicamentos prescritos na alta hospitalar em um hospital de ensino. Trata-se de um estudo exploratório, de corte transversal prospectivo, realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora no período de setembro a dezembro de 2013. Foram entrevistados 107 pacientes ou cuidadores de pacientes no momento da alta hospitalar sendo aplicados questionários com o intuito de verificar o conhecimento sobre a prescrição de alta, bem como investigar fatores associados a este conhecimento. Foi atribuída pontuação (0 a 13 pontos) e sua correspondência em três níveis de conhecimento: insuficiente, regular e bom. A pontuação média foi 9,66 pontos, correspondendo a um nível de conhecimento regular. Dez por cento dos entrevistados apresentaram nível insuficiente, 58,9% regular e 30,8% bom. Os dois maiores índices de acerto foram quanto à frequência de administração (94,4% de concordância) e via de administração (97,2%). Os dois piores índices de acerto foram para interações medicamentosas (15,9%) e efeitos adversos (29,0%). Houve diferença estatisticamente significativa entre a média da pontuação de grupos em função da raça/cor (autodeclarada) e polifarmácia. Mesmo estando satisfeitos com as orientações transmitidas, “precauções”, “efeitos adversos” e “interações medicamentosas” foram os temas mais demandados pelos entrevistados quanto a maiores orientações. Infere-se que as atividades de educação em saúde deveriam estar mais presentes, contribuindo para um maior conhecimento do paciente. Sugere-se o trabalho ordenado e conjunto dos diversos profissionais de saúde, tomando por base o diálogo com o paciente, preparando-o desde o primeiro dia de internação para o momento da alta. Neste âmbito, o profissional farmacêutico deve ser convocado a participar do planejamento da alta hospitalar, integrando a equipe multiprofissional de saúde e fornecendo ao paciente todas as informações necessárias para o uso seguro e racional dos medicamentos.