Erros de dispensação em hospital universitário: análise e contribuições para o uso seguro de medicamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Maia, Jacione Lemos Botelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19447
Resumo: O presente estudo teve como objetivos: analisar erros de dispensação de medicamentos em hospital universitário público de alta complexidade; identificar os erros no processo de dispensação de medicamentos; classificar os erros de dispensação de acordo com o tipo; determinar a taxa de erro de dispensação de medicamentos; analisar os fatores associados aos erros no processo de dispensação de medicamentos; analisar as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos; identificar as práticas adotadas na dispensação de medicamentos potencialmente perigosos; propor estratégias para prevenção de eventos adversos. Para o estudo, utilizou-se as prescrições médicas e respectivos kits de medicamentos para a dispensação e um checklist baseado no protocolo de prescrição, uso e administração de medicamentos do Ministério da Saúde (MS)/Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como instrumento para observação das práticas de dispensação. No primeiro estudo, transversal, os kits foram abertos para conferência e identificação de possíveis erros de dispensação. Para analisar como a variável desfecho “erro de dispensação de medicamentos” foi influenciada pelas variáveis explicativas, utilizou-se regressão hierarquizada ajustada e identificou-se os fatores associados ao erro de dispensação. Os erros de dispensação ocorreram em 236 medicamentos e os vários métodos de cálculo permitiram as taxas: 4,2%, 7,3% e 24,9%. Os principais erros foram de conteúdo por desvio de qualidade e de omissão. No modelo final da regressão, permaneceram associadas ao aumento da chance de erros de dispensação as variáveis: turno da noite e presença de fonte de interrupção/distração. No segundo estudo tranversal, foram analisadas as prescrições de medicamentos potencialmente perigosos (MPP) e identificadas as práticas adotadas na dispensação, propondo estratégias para prevenção de eventos adversos. Utilizou-se teste não paramétrico do Qui-quadrado de Independência para avaliar a associação entre prescrições com e sem medicamentos potencialmente perigosos e unidades de internação. Mais da metade das prescrições continham dois ou mais medicamentos potencialmente perigosos e quase todos injetáveis, principalmente analgésicos opioides, glicose 50% e insulina NPH e regular. A taxa de MPP prescritos correspondeu a 18,2%. As principais práticas que representaram riscos foram: distribuição coletiva de cloreto de potássio e insulina; falta de etiquetas de alerta; inexistência de dupla conferência; uso de fontes de interrupção/distração em 43,9% das prescrições atendidas. Os tipos de erros e fatores associados mostraram a necessidade de um programa de qualidade efetivo que considere as recomendações feitas no protocolo do MS/ANVISA.