Pacientes idosos polimedicados: como eles se comportam frente à tomada de medicamentos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Barreto, Elaine Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36076
Resumo: Com o processo de envelhecimento, caracterizado por mudanças fisiológicas e também pela maior incidência de doenças crônicas não transmissíveis, observa-se o aumento no consumo de medicamentos. Assim, a prática da polifarmácia, que é a utilização de cinco ou mais medicamentos, pode tornar o idoso mais suscetível às interações medicamentosas, provocar reações adversas a medicamentos e gerar falha na adesão à terapia. Para aumentar essa adesão é necessário que haja orientação de forma clara por parte dos profissionais de saúde, com instruções que simplifiquem o regime medicamentoso e assim favoreçam melhorias na qualidade de vida. Visto isso, existem métodos que propõem estratégias na aplicação de questionários, que quando combinados possuem maior medida objetiva para estimar o comportamento e evoluções na saúde do paciente. O presente trabalho analisou a adesão à terapia medicamentosa, entendimento da prescrição e qualidade de vida dos pacientes idosos polimedicados em relação aos medicamentos prescritos. Trata-se de um estudo observacional transversal sobre o entendimento dos pacientes idosos polimedicados frente à tomada de medicamentos, atendidos no ambulatório de um hospital universitário, no Rio de Janeiro. Os pacientes foram avaliados em relação as características sociodemográficas, nível de conhecimento sobre à prescrição, adesão à terapia medicamentosa e qualidade de vida através de questionários aplicados após as consultas médicas de rotina. Os questionários aplicados foram: Nível de informação a respeito de medicamentos prescritos; Brief Medication Questionarie (BMQ); Instrumento de Avaliação da Atitude frente à tomada de remédios (IAAFTR); e Avaliação da Qualidade de Vida: EQ-5D. Além disso, foi analisada a complexidade da prescrição e identificados os medicamentos potencialmente inapropriados através dos critérios de Beers. Dos 49 idosos entrevistados, a maioria (75,5%) era do sexo feminino e apresentou média de 8,67 comprimidos tomados por dia. As doenças mais prevalentes foram: hipertensão arterial (82%), diabetes (37%) e dislipidemia (31%). Foram utilizados os testes qui-quadrado e Fisher para a análise estatística. A adesão à terapia medicamentosa foi de 35% para o questionário BMQ, e 45% para o IAAFTR. O nível de entendimento da prescrição dos pacientes foi de 63,27%, e 81,6% foram classificados com boa qualidade de vida. Ademais, o ICFT mostrou alta complexidade da farmacoterapia e 30,71% das prescrições continham medicamentos potencialmente inapropriados. A população estudada contém particularidades que demandam planejamento e estratégias educativas que visem promover o uso racional e seguro de medicamentos, e consequentemente melhorar a qualidade de vida. A não adesão à terapia medicamentosa é fator que pode ser minimizado com o manejo da orientação correta aos pacientes por parte da equipe multidisciplinar, e do farmacêutico em participar mais em relação à terapia medicamentosa do paciente.