Vespas sociais: influências antrópicas e conservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Maciel, Tatiane Tagliatti lattes
Orientador(a): Prezoto, Fabio lattes
Banca de defesa: Fernandes, Elisa Furtado lattes, Santos-Prezoto, Helba Helena lattes, Castro, Mariana Monteiro de lattes, Sant Anna, Aline Cristina de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00051
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13405
Resumo: A urbanização é um processo necessário, porém pode causar grandes impactos a curto e longo prazo. Uma consequência bastante conhecida e estudada das atividades humanas nas paisagens naturais é a redução da biodiversidade e os declínios populacionais, que representam o primeiro passo para a extinção. Assim, o presente estudo objetivou avaliar como ações humanas como o desenvolvimento de uma obra de grande porte e a aplicação de inseticidas impactam na fauna local de vespas sociais. Além disso, o trabalho também teve como objetivo avaliar a representação ambiental de vespas sociais no Brasil. A princípio as vespas sociais foram amostradas antes, durante e após a obra de um empreendimento. A riqueza e similaridade das espécies variaram durante os anos e foi possível identificar espécies resistentes e sensíveis ao impacto causado pela implantação do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora. Para avaliar a ação do inseticida Malathion, quatro concentrações foram testadas em três espécies de vespas de duas localidades, uma área com aplicação recorrente do inseticida e uma área onde não há a aplicação. No geral, o Malathion se mostrou seletivo para Polistes versicolor e mais tóxico para Protopolybia sedula e Polybia platycephala. Comparando as duas áreas, foi possível verificar um indicativo de que as populações de insetos não-alvo também estão se tornando resistentes à inseticidas, sobretudo em ambientes urbanos. No entanto, é necessário frisar que a velocidade com que isso ocorre é muito baixa e não há como prever se e quando haverá uma população de vespas sociais predadoras resistentes ao Malathion. Por fim, foi aplicado um questionário online para avaliar a representação ambiental de vespas sociais no Brasil. Foram utilizados os dados obtidos pela resposta de 791 participantes. A maioria das pessoas sabe o que é uma vespa social e reconhecem sua importância na natureza. Homens reconhecem melhor os ninhos que as mulheres, porque na maioria dos casos são eles que fazem as retiradas. Já em relação aos sentimentos provocados pelas vespas, 71% dos participantes respondeu nojo, medo ou tensão. Muitos participantes disseram ainda que já sofreram ataques ou conhecem alguém que foi atacado por vespas e dividiram suas histórias destacando os nomes populares das vespas sociais e remédios caseiros para diminuir a dor da ferroada. Mesmo reconhecendo que as vespas são benéficas para o meio ambiente, muitas pessoas relataram sentimentos negativos em relação a esses insetos, mostrando que ainda falta uma abordagem mais elaborada no âmbito da educação ambiental em relação às vespas sociais.