Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Klein, Ricardo Pablo |
Orientador(a): |
Mendonça Junior, Milton de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/187233
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Resumo: |
Interações ecológicas mutualísticas são aquelas que trazem benefícios para todos os organismos envolvidos. A visitação floral fornece alimento para os animais visitantes, enquanto possibilita a reprodução sexuada em plantas. Enquanto isso, a teoria da síndrome de dispersão supõe que existem certos atributos florais (incluindo recompensas) capazes de atrair certos polinizadores e afastar outros. O declínio de abelhas tem sido reportado em todo o mundo, e encontrar espécies ecologicamente equivalentes é crucial para a preservação da biodiversidade. Vespas possuem funções ecológicas semelhantes às abelhas apesar de não dependerem exclusivamente de pólen e néctar para sobreviver. O objetivo deste projeto de pesquisa foi avaliar as diferenças da visitação floral entre abelhas/plantas e vespas/plantas. O primeiro capítulo possui uma abordagem de redes de interação. O segundo capítulo apresenta uma abordagem multivariada onde avaliamos as diferenças entre as plantas de acordo com os himenópteros visitantes florais. Nós realizamos as coletas em unidades de conservação do município de Porto Alegre. Em cada área de estudo, foram definidas transecções em três ambientes distintos: campo, mata e borda entre estes. As amostragens em cada transecção ocorreram entre horários de 9h e 17h. Durante este período, foram observadas as plantas em floração, entre 20 cm a 4 m de altura, e seus himenópteros visitantes florais coletados com o auxílio de rede entomológica durante 10 minutos em cada planta. As métricas de rede foram calculadas do programa R com o pacote Bipartite. Vespas e abelhas são visitantes florais distintos quanto a seus padrões de redes de interação. Vespas seriam capazes de manter apenas a metade da diversidade vegetal através da polinização após eventos hipotéticos de extinção de abelhas. Através da abordagem multivariada, as plantas visitadas por vespas e por abelhas não formaram grupos distintos. Quanto maior a abertura da corola da flor, menor é a visitação floral de vespas. Concluímos que vespas podem ser polinizadores auxiliares para a manutenção da diversidade vegetal, apesar de serem capazes de manter menor diversidade vegetal em cenários de extinção de abelhas. Além disso, os atributos florais de vespas e abelhas não são diferentes entre si, apontando para o fato de que vespas podem ser polinizadores de um maior número de plantas do que o previsto. |