Levantamento etnofarmacológico de plantas medicinais na comunidade quilombola de São Bento, Santos Dumont, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rogério, Izabela Taiana Salazar lattes
Orientador(a): Pimenta, Daniel Sales lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Eliana lattes, Brasil, Reinaldo Duque
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/776
Resumo: Com suas histórias e estratégias de resistência, descendentes de escravos possuem profundos conhecimentos relativos ao mundo natural. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento etnofarmacológico na comunidade quilombola São Bento no bioma Mata Atlântica, município de Santos Dumont/MG, Brasil. Foram realizadas entrevistas em todas as casas da comunidade através de formulários semiestruturados, em que se levantaram dados sociais e etnofarmacológicos. Foram identificadas 92 espécies botânicas num total de 46 famílias. As famílias predominantes foram: Asteraceae (18 espécies), Lamiaceae (12 espécies), Rutaceae (6 espécies), Cucurbitaceae (3 espécies) e Myrtaceae (3 espécies). As 30 espécies com maior número de citações de acordo com as suas respectivas categorias de doenças foram selecionadas para coincidência científica. Foi calculada a Frequência (FR), Valor de Uso (UV) e Porcentagem de concordância entre informantes (CUPc) de tais espécies e a confiança em seus usos, além da coincidência farmacológica com a literatura científica. As plantas com maior UV são: Foeniculum vulgare Mill., Plecthrantus barbatus Andrews, Ruta graveolens L. As plantas medicinais ainda são o primeiro recurso terapêutico utilizado na comunidade, porém a maioria das plantas utilizadas é exótica e esse conhecimento nem sempre é repassado. Foi construída uma cartilha com as 23 plantas mais citadas pelos entrevistados, além de informações sobre o histórico e caracterização da comunidade que será devolvida à mesma. O presente trabalho fornece subsídios para futuros estudos farmacológicos e ressalta a necessidade de aproximação entre a sabedoria popular e o conhecimento científico.