Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Aline Moreira de
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Orientador(a): |
Pimenta, Daniel Sales
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Banca de defesa: |
Fonseca Kruel, Viviane Stern da
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Moreira, Luciana
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Pimenta, Daniel Sales
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/760
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Resumo: |
Comunidades tradicionais, tais como os quilombolas, descendentes de escravos, utilizam recursos naturais como recursos terapêuticos para o tratamento de doenças. O objetivo dessa pesquisa foi realizar um estudo etnofarmacológico na comunidade quilombola São Sebastião da Boa Vista, município de Santos Dumont, MG/Brasil. O trabalho de campo, com duração de 19 meses, foram orientados por métodos da antropologia, botânica e zoologia. Um entrevistado autointitulado ou indicado pela família foi selecionado em cada uma das 26 casas da comunidade para o estudo. Foram utilizadas análises estatísticas para obtenção do Valor de Uso e Concordância de Usos principais corrigidos das plantas. Um total de 106 plantas e três animais foi relatado em 366 receitas compreendidas em 53 fins terapêuticos. Estes foram incluídos em 15 categorias de uso, destacando-se: doenças do aparelho respiratório, doenças do sistema circulatório, doenças da pele e do tecido, doenças do aparelho geniturinário, doenças infecciosas intestinais. Dos 26 que fazem uso da medicina local, há uma bruxa e uma benzedeira. Do total de plantas, 101 foram identificadas até nível especifico sendo dessas, 40% são nativas do Brasil e a maioria das exóticas é proveniente da Ásia e Europa, totalizando 49 famílias botânicas. Os recursos terapêuticos não vegetais mencionados com seus respectivos usos foram: “chifre de boi” para verme e dor de barriga, “casco de tatu” para sinusite, “espinha de peixe” para a memória e “barro” para anemia. Das 22 espécies selecionadas para confrontar com a literatura científica, 21 foram encontradas confirmação quanto ao uso principal. Portanto, a comunidade faz uso de plantas e animais para fins terapêuticos e o uso destas plantas está respaldado pelo conhecimento científico, porém o estudo revelou o uso relevante de espécies exóticas. |