Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais em Rosário da Limeira-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Oliveira, Helaine Barros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4478
Resumo: As pesquisas etnofarmacológicas são hoje importantes ferramentas de registro e documentação dos usos empíricos de plantas medicinais em comunidades tradicionais,gerando conhecimento útil ao desenvolvimento de novos medicamentos, à conservação da biodiversidade e a valorização do saber e da cultura local. Neste sentido, objetivou-se resgatar e registrar as informações populares sobre as espécies medicinais utilizadas, com relação ao uso terapêutico, no município de Rosário da Limeira, MG e viabilizar o acesso da comunidade às informações mais sistematizadas. Foram levantadas junto à população urbana e às comunidades rurais do município as espécies medicinais utilizadas pela população local na medicina popular. Foram empregadas as metodologias: observação participante e entrevistas semi- estruturadas, com questões referentes ao entrevistado e à planta citada, realizadas com 15 informantes-chave, adultos de ambos os sexos, selecionados pelo conhecimento sobre o uso medicinal de espécies vegetais. Os dados foram coletados entre janeiro e março de 2007. As entrevistas foram registradas com o auxílio de gravador evitando perdas de informações. Catalogaram-se 60 espécies pertencentes a 33 famílias. As famílias com maior número de espécies foram: Asteraceae (31,0%), Lamiaceae (28,0%), Rutaceae (8,0%) e Bignoniaceae (8,0%). Dentre as espécies, 56,0% são cultivadas e 44,0% espontâneas. A parte vegetal mais utilizada na preparação dos fitoterápicos foi a folha ( 67,7%), e a forma de preparo mais comum foi a infusão (60,3%). Com relação ao conhecimento sobre a utilização das plantas medicinais, cerca de 73,0% dos informantes-chave eram do sexo feminino. Sobre o risco da utilização da Fitoterapia e o cuidado ao se utilizar as plantas medicinais corretamente, 93,3% responderam que as plantas, quando mal indicadas ou preparadas, podem causar algum tipo de efeito tóxico. As plantas medicinais são cultivadas e coletadas durante todo o ano. A medicina convencional e a Fitoterapia coexistem no município. O conhecimento é transmitido oralmente e adquirido por meio da observação das pessoas mais velhas no preparo dos fitoterápicos, de uso próprio ou indicação aos doentes, assim como coleta das plantas. Os informantes são conhecedores de grande parte da flora local, da qual fazem uso intensivo.