Vida associativa: um estudo a partir da organização de produtores de alimentos orgânicos em Juiz de Fora e região
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00447 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16331 |
Resumo: | Esta dissertação procura investigar as formas de agenciamento, bem como os vínculos sociais estabelecidos entre pequenos produtores, agricultores familiares, consumidores de alimentos orgânicos e técnicos de extensão rural participantes da associação MOGICO (Monte de Gente Interessada em Cultivo Orgânico), localizados na cidade de Juiz de Fora e região. A pesquisa se desenvolveu através de um olhar microssociológico elaborado a partir da realização de trabalho de campo e da etnografia sobre o cotidiano da associação. Tem como objetivo reconhecer como é feita a “vida associativa”, especialmente a partir das formas de organização e práticas estabelecidas pelos atores participantes da associação, dentre as quais se destaca o processo de certificação participativa responsável pela conformidade da produção orgânica. No primeiro capítulo desta dissertação procurei resgatar o histórico de formação dos atores, tanto na escala nacional através da esteira do movimento da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), como em escala local através do surgimento da associação a partir de uma comunidade escolar conectada com os princípios da Pedagogia Waldorf no município de Juiz de Fora. Paralelamente a isso, começa emergir em escala local e regional diversas ações e políticas locais, envolvendo universidades, instituições públicas e privadas, organizações não governamentais, incubadoras tecnológicas e demais atores em uma agenda de encontros, cursos e oficinas na busca do fortalecimento em rede do movimento de agroecologia e produção orgânica na cidade de Juiz de Fora e região. No segundo momento, busquei refletir sobre a construção simbólica do movimento cultural da produção e do consumo de alimentos na agricultura orgânica, a partir do seu processo de institucionalização, tomando como fundo a contextualização de algumas experiências de pequenos produtores, sejam eles, agricultores e agricultoras de origem urbana e agricultores e agricultoras familiares que pertencem a associação MOGICO. Para destacar a importância da institucionalização da Agricultura Orgânica (AO), também procurei descrever as atividades da associação, como dias de campo, visitas de verificação e reuniões entre seus membros participantes do Sistema Participativo de Garantia (SPG) da associação. Na última parte, o texto contribui para a reflexão sobre a vida associativa, tendo como base o agenciamento de reuniões e encontros, o processo de ação e mobilização coletiva, bem como o uso de tecnologia social, especialmente ao explorar ideias que emergem através da metamorfose social e da nova agenda política local, enquanto um processo de “associação de associações”. Em outras palavras, busquei analisar a proliferação de novos atores que surgem em busca de articulação e construção social, bem como suas estratégias para seguir um caminho de fortalecimento da agroecologia e produção orgânica em forma de rede. |