Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Carminatti, Moisés
 |
Orientador(a): |
Pinheiro, Hélady Sanders
 |
Banca de defesa: |
Bastos, Marcus Gomes
,
Fernandes, Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
|
Departamento: |
Faculdade de Medicina
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/515
|
Resumo: |
O transplante renal consiste em um excelente tratamento de pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio de falência funcional. No entanto, em virtude da maior atenção dada à terapia imunossupressora no acompanhamento destes pacientes, observa-se uma abordagem terapêutica muitas vezes incompleta em relação às metas preconizadas para o controle adequado da DRC nesta população. O presente trabalho é um estudo transversal, com análise comparativa de dados de prontuário médico de duas populações, a primeira constituída por 133 transplantados renais (PTR), e a segunda constituída por 114 pacientes com DRC em tratamento conservador (PPD), ambas com acompanhamento multidisciplinar no Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Nefrologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (NIEPEN-UFJF). Avaliamos a prevalência de complicações clínicas e fatores de risco para progressão da DRC, bem como a qualidade da abordagem terapêutica dispensada aos pacientes. Foram levados em conta dados demográficos, laboratoriais e clínicos, que nos permitiram demonstrar, no grupo PPD, uma maior média de idade (55,7 ± 11,8 vs. 39,9±12,5 anos, p<0,001) e de creatinina (2,46±1,01 vs. 1,44±0,48 mg/dL, p<0,001), além de maior prevalência de hipertensão arterial (HA) (98,2% vs. 81,9%, p<0,001), HA sistólica não controlada (56,6% vs. 36,1%, p=0,019), diabetes (26,3% vs. 5,2%, p<0,001) e proteinúria >1g/24h (22,5% vs. 2,2%, p<0,001). Com exceção de estatina e eritropoietina, todas as classes de medicamentos consideradas foram significativamente mais utilizadas no grupo PPD, notadamente drogas antiproteinúricas (87,7% vs. 40,6%, p<0,001). No entanto, a cobertura terapêutica das complicações da DRC, quando clinicamente indicada, foi semelhante entre os grupos. Em conclusão, o grupo de PTR avaliado é mais jovem, com melhor função renal e menor prevalência das comorbidades avaliadas, com menor prevalência de uso de diversas classes de medicamentos. Diferentemente de outros estudos, no entanto, ambos os grupos receberam tratamento multidisciplinar, com cobertura semelhante das complicações da DRC, quando clinicamente indicado. |