Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Francisca Maria Rodrigues dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96863
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O transplante renal (TxR) é o melhor tratamento para pacientes com doença renal crônica (DRC) terminal, por proporcionar melhor qualidade de vida e maior chance de sobrevivência. No entanto, há um percentual relevante de pacientes com DRC em estágio terminal que não buscam os serviços de transplante, permanecendo em diálise por longos anos. O objetivo desse estudo foi descrever as causas de não inscrição para o TxR de pacientes prevalentes em programas de diálise crônica na Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará, Brasil. Estudo transversal, de natureza predominantemente quantitativa, mas com elementos da natureza qualitativa. Foi realizado nas clínicas de hemodiálise presentes na Região Metropolitana de Fortaleza e incluiu pacientes em diálise há, pelo menos, três meses e considerados clinicamente aptos para o TxR pela equipe assistente. Os dados foram coletados por meio de um questionário incluindo características sociodemográficas e econômicas, características clínicas e perguntas sobre o principal motivo para a não inscrição para o TxR. O estudo seguiu os aspectos éticos e legais relativos à pesquisa com seres humanos, tendo por base a resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/2012, sob protocolo nº 2.780.656. Os resultados mostraram que, dos 1.439 pacientes com mais de três meses em diálise e clinicamente aptos, 731 (50,7%) não estavam inscritos para TxR, nem em avaliação pré-transplante. Desse total, 569 foram entrevistados. As principais causas para a não procura pelo o TxR foram: receio do insucesso/perda do enxerto (32,5%), dificuldade de transporte e acesso aos exames (20,9%) e problemas pessoais ou familiares (13,5%). As variáveis associadas ao receio do insucesso/perda do enxerto foram sexo feminino (OR 1,726, IC95% 1,201- 2,482, p=0,003) e doença renal por hipertensão (OR 1,726, IC95% 1,162- 2,504, p=0,006). As variáveis associadas a dificuldade de transporte e acesso aos exames foram sexo feminino (OR 0,636, IC95% 0,411- 0,982, p=0,041) e o tempo em diálise em meses (OR 1,003, IC95% 1,000- 1,006, p=0,028). Para os pacientes, o transplante é um tratamento que melhora a qualidade de vida, porém é um tratamento rigoroso e que requer muitas limitações. Além esses motivos, permanecem na hemodiálise por estarem adaptados a esse tratamento. Concluiu-se que é elevada a prevalência de pacientes em diálise fora da lista de espera para TxR. As principais causas são reflexos de desinformação e falta de acesso. As mulheres e os pacientes com DRC por hipertensão foram os de maior 9 risco para a não procura por TxR por receio de insucesso/perda do enxerto, reflexo da carência de informações sobre a modalidade. Os homens e aqueles com maior tempo em diálise foram os de maior risco para dificuldade de acesso à terapia. A percepção negativa dos pacientes sobre o transplante expressa a sua recusa de ingressar na lista de espera e assim aceitam a conviver com as limitações impostas pela hemodiálise. Palavras-chave: Insuficiência renal crônica. Diálise. Transplante de rim.</span></div> |