Caracterização da atividade antimicrobiana e antioxidante da própolis das abelhas nativas Plebeia catamarcensis, Tetragonisca angustula fiebrigi e Melipona orbignyi (Hymenoptera, Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Campos, Jaqueline Ferreira lattes
Orientador(a): Santos, Edson Lucas dos lattes
Banca de defesa: Paredes-Gamero, Edgar Julian lattes, Balestieri, José Benedito Perrella lattes, Souza, Kely de Picoli lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/832
Resumo: As espécies de abelhas sem ferrão Plebeia catamarcensis, Tetragonisca angustula fiebrigi e Melipona orbignyi são conhecidas popularmente pelo uso de seus produtos naturais, visando especialmente suas propriedades medicinais. Entretanto, o número de trabalhos científicos que comprovam suas ações terapêuticas ainda é escasso na literatura. Assim, este estudo buscou avaliar o potencial antimicrobiano e antioxidante da própolis das três espécies de abelhas citadas, encontradas no Mato Grosso do Sul. Na realização deste estudo, as amostras de própolis foram coletadas e os respectivos extratos preparados. O perfil antimicrobiano foi determinado utilizando-se as técnicas de difusão em ágar e microdiluição contra o fungo Candida albicans e as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli. Para determinação da atividade antioxidante, foram realizados os métodos de captação do radical livre DPPH e proteção hemolítica de eritrócitos induzida pelo agente oxidante AAPH. Os resultados obtidos mostram que a própolis de todas as abelhas inibiram o crescimento do fungo C. albicans e da bactéria gram-positiva S. aureus, entretanto, não inibiram o crescimento da bactéria gram-negativa E. coli. A capacidade antioxidante da própolis de M. orbignyi apresentou-se relevante comparada aos controles utilizados. A própolis de P. catamarcensis e T. a. fiebrigi apresentaram menor atividade antioxidante, em relação aos seus controles. A capacidade de proteção de hemólise da própolis de M. orbignyi foi verificada após 60 e 120 minutos de incubação com o indutor de hemólise AAPH, além de não terem sido observados indícios de danos na membrana dos eritrócitos na ausência do oxidante. Em conjunto, os resultados mostram potenciais terapêuticos e biotecnológicos das própolis das abelhas sem ferrão estudadas. Futuras análises serão realizadas para identificar e isolar as substâncias responsáveis pelos efeitos observados, bem como para investigar outras propriedades biológicas das própolis produzidas por estas espécies de abelhas.