Avaliação dos potenciais antioxidante e antimicrobiano da própolis das abelhas nativas Melipona quadrifasciata anthidioides, Plebeia droryana e Scaptotrigona depilis (Hymenoptera, Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Trindade, Carolina Santos Pereira Cardoso lattes
Orientador(a): Santos, Edson Lucas dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/829
Resumo: Este estudo buscou avaliar o potencial antioxidante e antimicrobiano da própolis das espécies de abelhas sem ferrão Melipona quadrifasciata anthidioides, Plebeia droryana e Scaptotrigona depilis. As amostras de própolis foram coletadas e os extratos etanólicos foram preparados. A atividade antioxidante foi avaliada através da capacidade de captura do radical livre 2,2-Difenil-1-picril-hidrazil (DPPH) e da proteção contra hemólise induzida por 2,2’ Azobis 2-metilpropanamida dicloridato (AAPH) em eritrócitos. As avaliações antimicrobianas foram determinadas frente à espécie de fungo Candida albicans e às espécies de bactérias Staphylococcus aureus (gram-positiva) e Escherichia coli (gram-negativa), utilizando-se as técnicas de difusão em ágar (avaliação qualitativa) e microdiluição (avaliação quantitativa). A atividade antioxidante da própolis para cada espécie é representada através da concentração capaz de inibir 50% dos radicais livres (IC50): M. q. anthidioides (77,3 ± 2,7 μg/ml), P. droryana (133,7± 19,9 μg/ml) e S. depilis (1749 ± 65 μg/ml). No ensaio de indução de hemólise, a própolis de M. q. anthidioides foi capaz de proteger os eritrócitos contra hemólise após 60, 120 e 180 minutos de incubação, sem promover alterações morfológicas nas membranas dos eritrócitos. Nas concentrações avaliadas, todas as amostras apresentaram efeito fungicida contra C. albicans (nas concentrações testadas de 6,25-25 mg/ml para M. q. anthidioides ; de 25-100 mg/ml para P. droryana e S. depilis). Frente à bactéria S. aureus, a própolis de M. q. anthidioides exerceu ação bactericida (6,25-25 mg/ml), já as amostras de P. droryana (3,125–12,5 mg/ml) e S. depilis (25-100 mg/ml) apresentaram ação bacteriostática. Nenhuma amostra de própolis apresentou atividade contra a bactéria E. coli nas concentrações avaliadas. Em conjunto estes dados mostram o perfil antioxidante e antimicrobiano da própolis das abelhas nativas sem ferrão M. q. anthidioides, P. droryana e S. depilis. Além de caracterizar o potencial biológico da própolis destas espécies, este estudo contribui indiretamente para conservação da biodiversidade brasileira.