Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Carina da Silva |
Orientador(a): |
Coelho, Geraldo Ceni,
Mossi, Altemir José |
Banca de defesa: |
Treichel, Helen,
Banazzi, Toni |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Campus Erechim
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1557
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Resumo: |
O Brasil apresenta uma ampla variedade de abelhas Meliponinae, conhecidas como abelhas sem ferrão. Para as abelhas sem ferrão a área de Mata Atlântica é de fundamental importância, pois, na natureza elas ocupam o tronco das árvores para construir os seus ninhos. Os hábitos de vida das abelhas sem ferrão variam de acordo com as espécies, assim as preferências sobre a qualidade do habitat são diferentes. Com os desmatamentos e extrativismo da madeira as populações de abelhas Meliponinae tendem a diminuir, pois dependem do cultivo das florestas para a construção dos seus ninhos. Diminuindo as populações de abelhas sem ferrão, diminui consequentemente, o número de espécies vegetais no entorno destes ecossistemas, devido à polinização feita pelas abelhas. Sem a polinização, o número de sementes produzidas pelas espécies vegetais torna-se reduzido, podendo afetar a produtividade agrícola. Por isso, estudos envolvendo abelhas são de fundamental importância para a preservação dos recursos naturais. Além disso, a produção de mel é vista como fonte de renda, bem como os seus subprodutos. A Meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão em caixas, contribui para um desenvolvimento sustentável, pois, origina produtos como o mel e tem seu papel ecológico na polinização de espécies vegetais, garantindo a manutenção dos ecossistemas, a geração de alimentos para a população, a preservação dos recursos naturais e da agricultura familiar. A qualidade do mel das abelhas sem ferrão está sendo reconhecida, na medida em que as informações vão chegando ao público. Sua qualidade está relacionada com o modo de cultivo das abelhas, os cuidados na hora da coleta e do armazenamento. A fim de conhecer mais sobre este produto, é possível realizar análises polínicas, físico-químicas e microbiológicas em amostras de mel. Deste modo, os objetivos da pesquisa consistem em analisar as preferências florais de três espécies de Meliponinae localizadas em duas áreas de coleta no Sul do Brasil. Análises polínicas, físico-químicas e microbiológicas foram realizadas em amostras de mel provenientes de quatro espécies de abelhas Meliponinae, a fim de contribuir para o conhecimento e divulgação do mel produzido por estas espécies. O estudo é composto por três capítulos, o primeiro destaca a preferência polínica de três espécies de abelhas sem ferrão, Melipona quadrifasciata quadrifasciata, Scaptotrigona depilis e Tetragonisca angustula em dois municípios localizados no Sul do Brasil. O segundo capítulo aborda as análises polínicas, físico-químicas e microbiológicas realizadas em amostras de mel de quatro espécies de abelhas Meliponinae, M. q. quadrifasciata, S. depilis, S. postica e T. angustula provenientes de três municípios da região Sul do Brasil. O terceiro capítulo traz resultados sobre a presença de resíduos de pesticidas no mel de três espécies de abelhas Meliponinae, M. q. quadrifasciata, S. depilis e T. angustula, provenientes de um meliponário localizado em área rural de um município do norte do Estado do Rio Grande do Sul no Brasil. Todas as análises abordadas na pesquisa evidenciam a compreensão sobre a importância ecológica das abelhas Meliponinae na polinização de ecossistemas presentes nas regiões de estudo, auxiliando na preservação destas importantes espécies de abelhas nativas. |