Composição química e atividade antioxidante do pólen coletado pela abelha sem ferrão: Melipona seminigra Cockerell, 1919

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Villarreal, Luz Piedad Sanchez
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0538539800259403
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3327
Resumo: As abelhas sem ferrão vêm ganhando atenção devido à sua importância como polinizadoras de espécies vegetais nativas e por representarem uma importante fonte de renda para os meliponicultores. Com o propósito de contribuir ao conhecimento da composição química e atividade antioxidante do pólen coletado pela abelha sem ferrão Melipona seminigra Cockerell, 1919 (uruçú-boca-de-renda), espécie muito procurada na região, duas amostras de pólen foram coletadas durante dois períodos característicos da região Amazônica, o chuvoso (abril de 2008, pluviosidade de 300 mm) e o seco (agosto de 2008, pluviosidade de 50 mm). A composição centesimal indicou que as duas amostras apresentam um valor nutricional similar e dentro dos parâmetros recomendados pelo Ministério da Agricultura, com exceção do teor de carboidratos que foi 10 % superior ao valor de referência. Nas duas amostras de pólen, Miconia dispar (Melastomataceae) foi o pólen predominante (periodo chuvoso: 53,19 % e seco: 95,60 %). Outros tipos de pólen identificados foram da família Myrtaceae (período chuvoso 25,64% e seco 0,96%) e da espécie Mimosa pudica (Fabaceae; período chuvoso 16,81% e período seco 3,44%). A partir dessas amostras foram preparados extratos aquosos e etanólicos. Estes últimos foram fracionados por partição líquido-líquido, resultando nas frações hexânica, acetato de etila e hidroalcoólica. A atividade antioxidante dos extratos e das frações foi determinada por dois ensaios: capacidade de seqüestro do radical livre difenilpicrilhidrazilo (DPPH·) e capacidade redutora de Fe(III). Em ambos os ensaios, observou-se que os extratos etanólicos foram os mais ativos, quando comparado aos aquosos. Das frações analisadas, as frações acetato de etila apresentaram a maior atividade antioxidante. O teor de fenólicos totais determinado pelo método de Folin-Ciocalteau confirmou que os compostos fenólicos se concentraram nessas frações. Perfis cromatográficos das frações purificadas por extração em fase sólida a partir dos extratos etanólicos de cada periodo foram obtidos por CLAE em fase reversa e mostraram-se bastante similares. Com o auxílio de padrões comerciais e utilizando o método da coeluição foi possível identificar a presença do fenilpropanoide, ácido p-cumárico e dos flavonóides: miricetina, quercetina e naringenina. O componente principal da fração obtida por extração em fase sólida do extrato etanólico da época de chuva foi ainda purificado por CLAE em fase reversa em escala semi-preparativa. Os dados espectroscópicos (RMN de 1H) dessa substância indicaram tratar-se da quercetina-3-O-ramnosídeo (quercetrina).