Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Calado, Vanessa Rodrigues Ferreira
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Orientador(a): |
Pereira, Fabricio Fagundes
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Banca de defesa: |
Silva, Alan de Souza
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Mussury, Rosilda Mara
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Pastori, Patrik Luiz
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/827
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Resumo: |
O endoparasitóide Trichospilus diatraeae Cherian & Margabandhu, 1942 (Hymenoptera: Eulophidae) possui hábito gregário e parasita principalmente pupas de Lepidoptera. Seu potencial como agente de controle biológico é pouco conecido no Brasil. Por este motivo, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a viabilidade de pupas de Bombyx mori Linneaus, 1758 (Lepidoptera: Bombycidae) como hospedeiro alternativo de T. diatraeae, visando otimizar sua criação em laboratório. Esta pesquisa foi conduzida no Laboratório de Entomologia/Controle Biológico da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados. Inicialmente, avaliouse a criação de T. diatraeae nos hospedeiros B.mori e Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae). Doze pupas de B. mori e de D. saccharalis, de 72 e 24 horas de idade respectivamente e foram expostas ao parasitismo por 21 fêmeas parasitóides. A duração do ciclo de vida de T. diatraeae foi de 19,44 ± 0,12 e 18,00 ± 0,05 dias em pupas de D. saccharalis e B. mori, respectivamente, com 100% de parasitismo nos dois hospedeiros e 66,6 e 75% de emergência da progênie deste parasitóide em pupas de D. saccharalis e B. mori respectivamente. A progênie de T. diatraeae foi de 354,50 ± 43,21 e 469,11 ± 15,19 por pupa de D. saccharalis e B. mori, respectivamente. T. diatraeae apresenta bom desenvolvimento em pupas de D. saccharalis e de B. mori em laboratório. Posteriormente avaliou-se a densidade de fêmeas de T. diatraeae criado em pupas de B. mori. Para isso, pupas de B. mori com 72 horas de idade foram expostas ao parasitismo por fêmeas de T. diatraeae com 24 a 48 horas de idade, por 24 horas nas relações parasitóide-hospedeiro 1:1, 14:1, 28:1, 56:1, 112:1 ou 224:1, respectivamente, com 12 repetições para cada tratamento. A porcentagem de parasitismo de T. diatraeae em pupas de B. mori foi de 84% e 95% para as densidades 1:1 e 56:1, respectivamente e de 100% para as demais. A porcentagem de emergência de progênie variou de 12% a 84% nas densidades estudadas. A duração do ciclo de T. diatraeae foi de 24,20 ± 2,49 dias e de 20,00 ± 0,00 dias nas densidades de 1:1 e 224:1, respectivamente. A progênie por pupa variou de 37,60 ± 41,00 a 461,00 ± 0,00 descendentes por pupa, nas densidades de 1:1 e 224:1, respectivamente. A densidade de 28 fêmeas de T. diatraeae por pupa de B. mori foi a mais adequada para criação desse parasitóide em laboratório. Em seguida avaliou-se o efeito da idade de pupas de B. mori nas características biológicas de T. diatraeae em laboratório. Pupas de B. mori com 24, 48, 72, 96 ou 120 horas de idade, foram expostas ao parasitismo por 28 fêmeas de T. diatraeae com idade de 24 a 48 horas de idade por 24 horas e com 12 repetições, para cada tratamento. A porcentagem de parasitismo de T. diatraeae em pupas de B. mori foi de 8,3% e 25% para pupas com idades de 24 e 48 horas, respectivamente e de 100% para as demais. A porcentagem de emergência de progênie variou de 0% a 91,6%. A duração do ciclo de T. diatraeae foi de 19,00 ± 0,00 dias e de 18,00 ± 0,35 dias nas pupas com idades de 48 e 120 horas, respectivamente. A progênie por pupa variou de 277,00 ± 110,31 a 489,37± 255,40 descendentes nas pupas com idades de 48 e 120 horas, respectivamente. Pupas de B. mori com idades entre 72 a 120 horas são mais adequadas para criação de T. diatraeae em condições de laboratório. Avaliou-se diferentes temperaturas no parasitismo e desenvolvimento de T. diatraeae em pupas de B. mori. Pupas de B. mori com 72 horas de idade, foram individualizadas em tubos de vidro com 28 fêmeas de T. diatraeae (24 a 48 horas de idade). Os tubos contendo as pupas com as fêmeas parasitóides foram transferidos para câmaras climatizadas nas temperaturas de 16, 19, 22, 25, 28 ou 31oC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 14 horas, respectivamente, onde foram expostas ao parasitismo por 24 horas, com 12 repetições para cada tratamento. A porcentagem de parasitismo de T. diatraeae em pupas de B. mori foi de 91,6% para as temperaturas de 16 e 19ºC e de 100% para as demais. A porcentagem de emergência de progênie variou de 0% a 58% para temperaturas testadas. A duração do ciclo de T. diatraeae foi de 60,00 ± 0,00 dias e de 15,71 ± 0,49 dias nas temperaturas de 16 e 28ºC, respectivamente. A progênie por pupa variou de 23,00 ± 0,00 a 155,29 ± 86,80 descendentes nas temperaturas de 16 e 28ºC, respectivamente. T. diatraeae apresentou desenvolvimento satisfatório em pupas de B. mori nas temperaturas de 22 a 28 ºC em laboratório. Esses resultados contribuem para o desenvolvimento de técnicas de criação em massa de T. diatraeae em pupas de B. mori e viabiliza o uso desse inimigo natural em programas de controle biológico, especialmente da broca-da-cana-de-açúcar D. saccharalis. |