Exigências térmicas e hídricas de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: eulophidae) em pupas de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: crambidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Rodrigues, Maria Adriana Torqueti lattes
Orientador(a): Pereira, Fabricio Fagundes lattes
Banca de defesa: Oliveira, Harley Nonato de lattes, Santos, Honório Roberto dos lattes, Fernandes, Marcos Gino lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/813
Resumo: O potencial de Trichospilus diatraeae Cherian e Margabandhu, 1942 (Hymenoptera: Eulophidae) para controle de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar no Brasil é pouco conhecido. Por isto, este estudo objetivou avaliar o efeito da temperatura e da umidade relativa do ar na biologia de T. diatraeae criados em pupas de D. saccharalis, visando sua produção em laboratório. Inicialmente foi investigado se as características biológicas de T. diatraeae criados em pupas D. saccharalis seriam afetadas por diferentes índices de temperatura. Pupas de D. saccharalis com idade de 24 horas de idade foram expostas ao parasitismo por sete fêmeas de T. diatraeae com idade de 48 horas, permitiu-se o parasitismo por 24 horas. Após esse período as fêmeas de T. diatraeae foram retiradas e as pupas transferidas para câmaras climatizadas nas temperaturas de 16, 19, 22, 25, 28 e 31oC, 70 ± 10% de umidade relativa e fotofase de 14 horas, mantidas em temperaturas costantes. O aumento da temperatura reduziu a duração do ciclo de T. diatraeae, sendo que a 31º C, o parasitóide não concluiu seu ciclo de vida em pupas de D. saccharalis. A progênie desse parasitóide por pupa variou de 43 a 632 indivíduos e foi maior a 25oC. A temperatura base (TB) e constante térmica (K) desse parasitóide foram de 9,37°C e 257,60 graus-dia, respectivamente. O número médio de gerações por ano de T. diatraeae criados em pupas de D. saccharalis, baseando-se na temperatura média de 10 anos do Município de Dourados, Mato Grosso do Sul, foi estimado em 18,49 gerações anuais, enquanto, este número para D. saccharalis foi 5,38. O número estimado de gerações anuais de T. diatraeae em pupas de D. saccharalis para os municípios de Dourados, Ivinhema, Ponta Porã, e Três Lagoas, Mato Grosso do Sul foi de 18,49; 18,00; 15,83; e 20,36 respectivamente. No segundo experimento, foi investigado se as características biológicas de T. diatraeae criados em pupas D. saccharalis seriam afetadas por diferentes índices de umidade relativa do ar. Pupas de D. saccharalis, com 24 horas de idade foram individualizadas em tubos de vidro (14 cm de altura x 2,2 cm de diâmetro) com sete fêmeas de T. diatraeae com 48 horas de idade, sendo permitido o parasitismo por 24 horas. Ao final desse período, as fêmeas foram retiradas, e as pupas transferidas para câmaras climatizadas a 25oC, nas umidades relativas do ar de 40, 50, 60, 70, 80, e 85% e fotofase de 14 horas. Os melhores resultados das características biológicas (porcentagem de parasitismo e de emergência, duração do ciclo de vida, progênie e razão sexual) de T. diatraeae criados em pupas de D. saccharalis foram obtidos ao se utilizar a temperatura de 25ºC e umidade relativa de 80%, portanto sugerese esta combinação para criação de T. diatraeae em laboratório.