Acesso de mulheres negras nos cursos de graduação presencial das Universidades Federais de Mato Grosso do Sul (2014-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Corrêa, Átila Maria do Nascimento lattes
Orientador(a): Marques, Eugenia Portela de Siqueira lattes
Banca de defesa: Santos, Reinaldo dos lattes, Cruz, Ana Cristina Juvenal da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4882
Resumo: A pesquisa analisa a presença de mulheres negras em cursos e graduação presencial no Mato Grosso do Sul, em específico na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus Campo Grande e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), campus Dourados. Ao discutir a Educação Superior no Brasil é importante ressaltar que o processo de democratização ao acesso é recente e que as mulheres passaram a representar maioria nas Universidades nas últimas décadas, todavia mesmo com essa presença maior, o número de mulheres negras na educação superior é pequeno. A Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012, propõe uma política afirmativa que prevê o ingresso de negros e negras à Educação superior brasileira, por meio do sistema de cotas raciais, considerando-se que a educação superior no Brasil se desenvolveu marcadamente excludente e desigual, principalmente no que se refere à ampliação do acesso da população negra e ainda representa um número consideravelmente menor que o de brancos nas instituições. Os objetivos consistiram em responder as seguintes perguntas: a) Em quais cursos as mulheres negras estão mais representadas? b) Em quais cursos estão menos representadas? As Universidades investigadas possuem programas de fortalecimento identitário? As Universidades possuem programas que auxiliem a permanência? Para responder essas perguntas optou-se pelo uso de métodos quantitativos e qualitativos, com pesquisa bibliográfica e documental, os dados quantitativos foram solicitados via pedido protocolado junto as Pró-Reitoria das instituições, para análise descritiva dos dados optou-se pelo uso do programa Microsoft Excel. Os dados quantitativos evidenciaram que as mulheres negras estão mais representadas nos cursos considerados carreiras femininas, contudo a partir da lei de cotas há presença em cursos que eram predominância masculina branca, como Odontologia, Medicina e as Engenharias. Outro dado significativo, foi o acesso nos cursos de Direito das duas instituições, um curso historicamente considerado de prestígio social e predominância masculina. Os dados qualitativos apontaram a presença de programas que buscam o fortalecimento identitário e de programas que auxiliem a permanência, porém nenhum desses programas de auxílio eram voltados a mulher negra.