O professor de Geografia do ensino médio, orientações curriculares recentes e os conteúdos relacionados à geopolítica
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11302 |
Resumo: | O exercício da docência é um importante aspecto a ser considerado no processo de desenvolvimento profissional. A ação docente requer conhecimentos do professor e múltiplas condições para seu exercício, marcada, constantemente, pela mudança e pelo movimento. O foco desta investigação está na ação do professor de Geografia em seu contexto de atuação na escola. Partindo desse horizonte interpretativo, nesta tese, buscou-se analisar a relação entre o trabalho docente com o currículo da Geografia Escolar no ensino médio como expressão das relações estabelecidas entre as prescrições/orientações curriculares externas e as concepções teórico-metodológicas do professor. Para compreensão dessas mudanças na prática do professor de Geografia, estabeleceu-se um paralelo com diferentes propostas curriculares ocorridas no Brasil e em Goiás nos últimos 20 anos. Neste intervalo, o currículo, frequentemente, apresentou-se como um dos temas centrais da agenda política, englobando uma série de sujeitos que, muitas vezes, estão distantes do contexto escolar. A presente investigação configura-se em uma pesquisa colaborativa e desenvolveu-se a partir de alguns questionamentos: Como o professor relaciona-se com o currículo? Como o professor compreende e reflete sobre ele, como documento oficial que limita e, por vezes, dificulta o seu trabalho em sala de aula? De que forma o professor pode imprimir propostas autônomas no desenvolvimento de conteúdos geográficos? No objetivo de buscar respostas a esses questionamentos, estabeleceu-se uma aproximação com professores de Geografia do ensino médio por meio da instituição de um grupo de formação – o GDG, com intuito de acompanhar algum desenvolvimento de trabalho com o currículo que revelasse e evidenciasse tais relações. A pesquisa empírica desenvolveu-se com cinco professores de Geografia do ensino médio em Goiás, em duas cidades, e dividiu-se em duas etapas (entrevistas com professores e desenvolvimento de grupo discussão). A partir dos estudos realizados, da leitura crítica dos documentos curriculares e por meio dos diferentes instrumentos utilizados (observação, entrevistas, construção de Mapas de Conteúdo) e subsequente análise e da interpretação dos dados, defende-se a seguinte tese: o professor de Geografia, ao trabalhar conteúdos relacionados à geopolítica, realiza um amálgama entre as prescrições/orientações curriculares e suas concepções teórico-metodológicas para o desenvolvimento de suas aulas no ensino médio. Dentro das proposições curriculares, enfatizou-se, no trabalho, a proposta mais recente, a BNCCEM, destacando a necessidade de acompanhamento por parte do professor ao que está acontecendo no âmbito curricular, contribuindo com o desenvolvimento do currículo e analisando a viabilidade deste em sua prática profissional. Percebeu-se que, em situações de não compreensão da proposta e adesão ao currículo prescrito sem uma leitura crítica, o que ocorre ou pode ocorrer é um amálgama que mutila a proposta curricular desenvolvida com a Geografia Escolar. Neste entendimento, quando o professor não realiza o amálgama de forma consciente e autoral, ele acaba mutilando a proposta curricular desenvolvida com a Geografia que ele deseja trabalhar e ensinar na escola. Por outro lado, quanto mais o professor conhece o currículo, mais chances ele possui de se apropriar e de fazer um trabalho autônomo e autoral orientado por aquele currículo. Assim, é preciso considerar que, entre as propostas de mudanças e as práticas já estabelecidas e consolidadas, as relações não são diretas e dependem de uma variedade de fatores, em que, entre eles, está a participação ativa dos professores no processo de elaboração curricular. |