Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cursini, Caio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-02022023-194740/
|
Resumo: |
A geopolítica não é somente uma ferramenta ou um campo de estudo a ser aplicado às políticas do Estado. Pouco compreendendo-a e negligenciando-a, a academia distanciou-se da geopolítica, creditando-a como uma disciplina voltada estritamente para a guerra, de pouca relevância ou até mesmo defasada em termos conceituais e teóricos. Perdendo-se de vista a relevância da relação entre o território e a geopolítica, esta ficou restrita a um campo meramente especulativo e inerte. Contradizendo essa noção e construindo uma aproximação poucas vezes realizada entre a geografia e as relações internacionais, buscamos realizar uma análise da política externa brasileira do Estado Novo ao Livro Branco de Defesa Nacional (1937 a 2012), evidenciando a constância da geopolítica como um produto das relações de poder entre os atores da diplomacia e o território. Destacando as lacunas das concepções internacionalistas sobre o conceito de território e sobre a geografia e efetuando o levantamento dos documentos do Ministério das Relações Exteriores e outros acervos históricos, procuramos tecer as relações entre a formação do território nacional e a construção das estratégias externas dos governos brasileiros, observando, nesse processo, não somente a formação da política externa do Brasil, mas também de uma geopolítica construída no interior do Estado. Para a elaboração dessa pesquisa, utilizamos material primário presente em diversos acervos históricos, dentre os quais o Arquivo Nacional, o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) e o acervo histórico do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A argumentação construída nessa tese evidencia não só a eminência de se aproximar o debate geográfico das relações internacionais, como também de afirmar a geografia como uma ciência imprescindível à compreensão da política externa brasileira, na medida em que esta possui o território como fundamento essencial. |