Por uma nova geopolítica para o petróleo brasileiro: o caso do pré-sal
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13229 |
Resumo: | A partir da descoberta de grandes reservas de petróleo e gás na camada pré-sal da plataforma continental brasileira, vislumbrou-se que o país poderia entrar para o rol dos grandes exportadores de petróleo, e que tal condição garantiria a elevação do patamar econômico e social no nível doméstico, como também uma maior projeção geopolítica no mundo. O objetivo central da presente tese é demonstrar que uma produção em larga escala com o objetivo de tornar o Brasil um grande exportador líquido de petróleo bruto, poderá tornar economia e sociedade mais instáveis, não rompendo com o velho modelo primário-exportador brasileiro, de inserção periférica, geopoliticamente frágil, na economia mundo. Para o desenvolvimento da pesquisa foi feita inicialmente uma discussão sobre a Geopolítica, assim como a reconstrução do tema do petróleo no Brasil a partir de uma abordagem geo-histórica, para chegarmos, finalmente, aos panoramas político e histórico atuais. A partir deste ponto, foram elaborados estudos analíticos dos cenários geográfico e geopolítico do petróleo no mundo, e mapeados os efeitos da volatilidade do geopolítico preço internacional do petróleo nos países. Além de um amplo estudo sobre as reservas do pré-sal, suas potencialidades, seu estágio atual, o debate sobre o regime de partilha, e a Petrobras. Em paralelo foi feito um amplo levantamento do atual estágio da matriz energética brasileira e de todos potenciais insumos energéticos e fontes de geração de energia do território nacional. Como resultado verificou-se que basear a economia, mesmo parcialmente, na exportação de petróleo, está mais ligado a uma lógica corporativa desterritorializada, que afronta as soberanias, e que busca a espoliação dos recursos naturais, em detrimento de uma lógica territorial, onde natureza e sociedade caminhem em equilíbrio. Não há histórico de país com as dimensões brasileiras que tenha elevado seu nível socioeconômico através da exportação de petróleo. Concluímos, diante dos resultados, que a melhor forma de aproveitamento das riquezas do pré-sal, está no seu uso soberano, democrático, sem atropelos, para dentro . O petróleo, é mais um insumo, dentro de um imenso leque de opções energéticas que só o Brasil possui no mundo, logo, seu uso pode ser coordenado com outras fontes de energia. Precisamos de uma nova geopolítica para o petróleo do pré-sal, que garanta o seu uso sustentável e soberano. |