China na Ásia Central e a cooperação como código geopolítico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Jonathan Christian Dias dos lattes
Orientador(a): Rocha, André Santos da
Banca de defesa: Rocha, André Santos da, Rocha, Maurício Santoro, Lima, lvaldo Gonçalves de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13775
Resumo: Os eventos político-econômicos ocorridos nos últimos trinta anos alteraram significativamente a organização do espaço mundial. Associada a essa alteração no ordenamento territorial e nas fronteiras mundiais, a ascensão de países até então classificados como “Terceiro Mundo” ou “em desenvolvimento” estabeleceu um novo padrão de relação entre os atores estatais. Se, anteriormente, esses vínculos eram verticalizados do Norte para o Sul Geopolítico, com o Norte definindo as referências de um modelo social-econômico a ser seguido pelo Sul, entre o final o século XX e o começo do século XXI, esse paradigma é quebrado com um novo modelo de colaboração entre os países em progressivo crescimento naquele momento, como, por exemplo, o Brasil, a China e a Rússia. É justamente essa parceria entre o Sul Geopolítico que marca a abordagem geopolítica contemporânea dos chineses em relação a seus inúmeros parceiros. Nesta pesquisa, buscamos interpretar como os acordos de cooperação, na área da defesa e da infraestrutura (ou integração regional), que Pequim firma com os países da Ásia Central, proclamados independentes em 1991, demonstram as distintas fases e faces da geopolítica chinesa para essa região, que tem uma posição geográfica estratégica, estando situada entre a parte mais a Leste do continente asiático e o continente europeu, além de ter conexões também com o Oriente Médio. Para tanto, buscamos evidenciar os acordos entre estes atores estatais nos últimos vinte anos, realizados por meio tanto da Organização para Cooperação de Xangai quanto da Nova Rota da Seda (Belt and Road Iniative ou BRI, em inglês). A partir de databases de instituições internacionais, de notícias em agências de notícias estatais e/ou civis e de projetos disponíveis no site de bancos chineses de fomento ao desenvolvimento, conseguimos mapear projetos que exemplificam as estratégias da geopolítica chinesa contemporânea.