História, ficção e realidade em O olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barbosa, Maxsuel Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11673
Resumo: Este trabalho pretende uma reflexão acerca do movimento, distanciamento e aproximação das fronteiras existentes entre ficção e história, no romance moçambicano O olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho; assim como, sobre a representação dos personagens, reais e fictícios, que se mesclam em uma narrativa de pós-guerra. Buscará, também, compreender, tanto a inter-relação entre esse binômio, bem como a história que é narrada nas páginas de uma obra romanesca. Objetiva-se analisar como a tecitura narrativa contribui para a configuração de um romance histórico. Em tempo, cabe dizer, também, que esta dissertação está ancorada no construto teórico de Lukács (2011), principalmente, a partir da obra O Romance Histórico, visto sob a perspectiva da crítica dialética marxista. Assim, constatou-se que, apesar do romance histórico ter surgido na Europa, e a obra de Lukács se dedicar ao recorte dos anos de 1930, percebe-se que este ainda se desenvolve como forma literária, no século XXI. A despeito de o romance histórico contemporâneo assumir certas inserções de estilo, e se configurar um pouco diferente de sua forma clássica, muitas das características já identificadas por Lukács permanecem e se reverberam na atualidade, inclusive, no romance O olho de Hertzog, configurando a permanência dessa forma literária nos dias atuais; e, em particular, em território africano.