Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Elcy Luiz da |
Orientador(a): |
Cordiviola, Alfredo Adolfo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7772
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Resumo: |
Nosso trabalho busca enfocar a diversidade de duas escrituras de fronteiras altamente vulneráveis: a história e a ficção. Na construção dessas escrituras percebemos que a memória e o esquecimento são bases limítrofes, fundando tantas vezes a plurissignificação de ambas. Na tentativa de percorrer as fronteiras dessas escrituras fazemos uma divisão didática com um intuito laboratorial de separar dois corpos para análise colocando a teoria (a história) como componente do esquecimento e a ficção (representada por romances lançados a partir da década de 1990) como pertencendo à memória. Argumentamos com essa divisão que o discurso histórico pode se apresentar inverídico por atender interesses de determinados grupos, enquanto que o discurso de ficção estaria livre deste propósito pela natureza gratuita da obra de arte. Sabemos que essa gratuidade é relativa, o que só comprova que não é tão simples estabelecer divisões entre esses discursos. No aprofundamento do estudo fazemos uma crítica às teorias que versam sobre o fim da história bem como sobre a morte do romance com um debate que envolve historiadores e romancistas e para tal fazemos uso tanto das teorias sobre a história (abrindo debate também com teóricos da pós-modernidade) assim como da ficção (com romances que usam e abusam da intertextualidade, que utilizam documentos históricos ou textos das manchetes do cotidiano). Afirmamos que o discurso histórico e o discurso ficcional são discursos dinâmicos e por isso mesmo problematizadores da realidade. A partir desse entendimento tentamos convencer que ambos os discursos são reveladores do real da realidade. Ou seja, a realidade se apresenta eivada de significados, o que acaba fazendo desses discursos produtores de uma memória viva. A memória viva é tradução da polifonia inerente a ambos discursos, ou seja, ela é construída do diálogo constante entre seus intertextos e o leitor. Evidentemente fazemos críticas ao discurso histórico que sob regimes autoritários submete a realidade a uma triagem. Tomando tais regimes como exemplo do apagamento da memória colocamos o discurso histórico e o discurso literário como produtores de promessas futuras. Ou seja, a reconstrução do passado é necessária para a compreensão do presente e a consolidação de um país e de uma literatura possível |