História e ficção no romance O homem que amava os cachorros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Neves, José Avenzoar Arruda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5062
Resumo: Este trabalho analisa articulações e convergências entre história e ficção no romance O homem que amava os cachorros, de Leonardo Padura (2015), cotejando com a autobiografia de Leon Trótski Minha vida (1969), e seu Diário do exílio (1980b), escritos por um personagem histórico que também é o personagem principal da narrativa apresentada como corpus literário desta pesquisa. Ademais, o trabalho utiliza a teoria da narrativa de Ricoeur (2010), apresentada na obra Tempo e Narrativa – O tempo narrado, A teoria do romance, de Bakhtin (2018), O romance histórico, de Lukács (2011) e O desafio biográfico, de Dosse (2015) em diálogo com a fortuna crítica e a fundamentação teórico-filosófica da relação entre história e ficção na tradição literária. A pesquisa apresentada, sobre o referido livro, se justifica importante por ser uma retomada ao mesmo tempo do gênero romance histórico e do tema revolução. A pesquisa é essencialmente bibliográfica, para demonstrar que a obra pertence a um gênero singular de literatura e pode ser lida como romance histórico, romance político ou romance biográfico, como instrumento literário específico, como instrumento de reflexão social e revisão dos valores historicamente consagrados. Ao final, a pesquisa apresenta uma interpretação da obra como produção literária sobre o tempo atual, vista a partir de Cuba, numa perspectiva ainda revolucionária, mas sem dogmas ou ilusões que marcaram o tempo narrado na trajetória dos personagens históricos do livro. Parte do pressuposto que a realidade material determina as formas e a validação dos textos literários, especialmente os romances históricos e políticos, e que este é o método para compreender o sucesso e importância do romance O homem que amava os cachorros como uma versão estilizada do fragmento de história sobre as lutas internas e externas da esquerda mundial, mas, sobretudo, como uma narrativa sobre o equilíbrio dinâmico entre história, ficção e revolução política e social.