A memória escrita: três estudos comparativos sobre João Cabral e Marcel Proust

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vieira, Thales Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11165
Resumo: Apresentamos aqui um estudo sobre a confluência da poesia de João Cabral de Melo Neto, após A Escola das Facas, e do romance de Marcel Proust, À la recherche du temps perdu, analisando o aspecto da memória em suas variadas manifestações. Primeiramente, tentamos retraçar algumas reconfigurações da memória nos livros de João Cabral que permitiram o diálogo da produção final de João Cabral com a obra maior de Marcel Proust. O autor de A Escola das Facas evoca o Pernambuco de suas memórias, assim como Marcel Proust retrata a Paris e os lugares da província francesa de suas memórias. A fim de ampliarmos a compreensão da memória escrita nos dois autores, dividimos nossa pesquisa em três partes. A primeira trata dos aspectos filosóficos da memória em um e outro autor. A segunda analisa a memória escrita de João Cabral e Proust como conjunto de pequenas histórias contadas pelo gênero anedótico. Por fim, a terceira parte analisa os aspectos históricos e sociais da memória dos dois autores, isto é, a memória como passagem do tempo histórico. Em João Cabral, a memória do fim do mundo monocultor dos engenhos de cana de Pernambuco; em Proust, a memória do final do século XIX na França e o fim da Belle Époque e o colapso do poder da aristocracia francesa.