Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Bruno Castro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217374
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é analisar como a noção de “eu dividido” é elaborada formalmente em À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust. Partimos de duas hipóteses: que (i) a literatura estabelece relação com a filosofia predominante em seu tempo, como o próprio autor afirmou ao jornal Le temps, e que (ii) essa ligação é, além de temática, formal. O conceito de “eu dividido” (empregado pela maioria dos trabalhos de psicologia experimental publicados entre os anos de 1870 e 1900) localiza a origem da cisão do “eu” em problemas de ordem psicológica. No entanto, o conceito indicava apenas o fim da unidade do “eu”, sobretudo devido ao modo como se apresentava na época. Este último, desdobrando-se em outro desconhecido, desautorizava o domínio do ser sobre sua consciência. Proust confere outro tratamento a essa ideia. Sua assimilação no seio da escritura tem como efeito um arranjo do plano da expressão, que passa a ter características de estilo relacionáveis a essa noção, percebidas na narrativa a partir da descrição de personagens e das digressões do narrador. Para investigar como ocorre a passagem do tema à forma, utilizaremos o instrumental teórico-metodológico da crítica literária proustiana, sobretudo os estudos de Philippe Willemart, Edward Bizub, Jean-Yves Tadié, Gérard Genette e Roland Barthes. |