Eu gostaria que soubessem como escrevo: estudo de uma escrita de si, do outro e ao legente

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Nascimento, Claudia Regina do
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Escrita; Metaficção; Performance; Llansol; Llansol, Maria Gabriela, 1931-2008; Literatura portuguesa; Writing; Metafiction
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28822

O nascimento de uma escrita pode ser testemunhado no projeto literário llansoliano, que dá a ver sua oficina aberta ao sentido das palavras, do pensamento e dos “reais” onde adentramos na leitura de seus textos, nos momentos em que essa escrita se exibe. Desde os cadernos manuscritos, que viriam a compor os livros de horas e os diários, a narrativa desponta única e livre, metaficcionando trilogias e outras histórias. Esta pesquisa se faz com a leitura de Uma data em cada mão – Livro de Horas I e se desenvolve pensando nesse movimento da escrita que se espalha n’O Livro das comunidades e n’A restante vida, e se espelha em Finita – Diário II. Busca-se observar a natureza da escrita nesses títulos, bem como nos textos metacríticos reunidos em Entrevistas e Lisboaleipzig I. Sob a hipótese de que nos seus escritos se revelam elementos constituidores de uma subjacente “teoria da escrita”, através da qual a autora expressaria um desejo – ‘Eu gostaria que soubessem como escrevo’ –, faremos um levantamento do que dizem os críticos sobre sua escrita, somado ao que a escritora diz da própria escrita nos diários, na narrativa e em seus textos metacríticos. Tal conjunto será discutido à luz do conceito de metaficção, segundo Patrícia Waugh (1985), num diálogo com Josefina Ludmer (1984; 2007), consulente das ideias sobre literatura pós-autônoma, que podem se aplicar ao texto llansoliano. Também será tematizado o conceito de performance, apoiado na leitura de Diana Klinger e nas contribuições de estudos correlacionados ao tema da escrita de Llansol.