Os devires de um texto que é um ser: uma leitura de um falcão no punho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vargas, Luís Henrique Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ser
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3751
Resumo: O objetivo deste trabalho é a apresentação de uma proposta de leitura do diário Um Falcão no Punho de Maria Gabriela Llansol, motivada pela intuição da sua narradora de que o texto é um ser. O nosso ponto de partida é a análise do lugar ocupado pelo sujeito em um texto/ser e se, à luz das reflexões de Blanchot, Barthes e Foucault, é possível classificar esse diário como uma escrita de si, ou se estamos diante de um processo de tradução que conserva apenas os traços da presença do sujeito. Em seguida, de acordo com a noção de devir de Deleuze e Parnet, examinamos como o devir, concebido como simultaneidade, é indissociável tanto da ideia de texto quanto da ideia de ser. Discutimos, ainda, baseados nas contribuições do pensamento filosófico, se a noção de ser, como Llansol a compreende, está na origem de uma metafísica da escrita, ou é uma maneira de superar a compreensão do texto como um objeto ou instrumento. Por fim, refletimos sobre o legado que Llansol deseja transmitir a seus leitores e de que maneira o seu texto, ao se libertar dos limites da literatura, pode “abrir caminho a outros”, segundo a filosofia da alteridade de Lévinas