Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Bersot, Isadora Eccard |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37723
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Resumo: |
À luz da Semiolinguística, esta dissertação explora livros destinados potencialmente a crianças que abordam a temática da migração forçada a fim de verificar como a engrenagem verbo-visual se constrói para provocar no leitor uma reação emotiva, ou seja, para fazer sentir. Integram o corpus o livro-imagem Migrantes, da peruana Issa Watanabe (2020), uma narrativa silenciosa, sustentada apenas pela parcela visual; o livro com ilustração O Reino do Aqui, da brasileira Silvana Magalhães (2020), que conta a história de Maria, uma menina venezuelana que se vê obrigada a ir embora do Reino do Antes; e os seguintes livros ilustrados: Nenhum peixe aonde ir, da franco-canadense Marie-Francine Hébert (com ilustrações de Janice Nadeau) (2006), que narra a partida da menina Zolfe, sua mãe e um bebê, enquanto seu pai e seu irmão mais velho são levados por homens mascarados; e A viagem, da italiana Francesca Sanna (2016), que descreve a fuga de uma família após o estourar de uma guerra. Ao último é destinado um capítulo à parte, enquanto as demais obras são investigadas no decorrer do desenvolvimento teórico desta pesquisa. Considerando-se o tema preponderante nessas obras, analisam-se os recursos semiodiscursivos capazes de favorecer a patemização (Charaudeau, 2010). Dentre as patemias possíveis, salientam-se as tópicas da angústia e da esperança no corpus escolhido, que se manifestam tanto por meio de expressões linguísticas altamente patêmicas, como por meio de cores, como o preto e o verde. Todos os protagonistas dos livros selecionados são migrantes forçados. Dentre aqueles que migram, a eles é imposto um maior estigma, por isso são investigados os imaginários sociodiscursivos acerca desses. Além disso, é considerado o contrato de comunicação singular que se estabelece no livro ilustrado, em função não só de seu modo particular de narrar verbo-visualmente – fazendo uso dos modos de organização narrativo e descritivo (Charaudeau, 2016), majoritariamente –, mas também de sua dupla audiência. As contribuições de Hunt (2010), Colomer (2017), Santaella (2012), Linden (2011) e Nikolajeva e Scott (2011) enriquecem este estudo. |