Implícitos e Inferências: as partes que faltam na literatura ilustrada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Correia, Júlia Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21863
Resumo: Esta dissertação de mestrado teve o objetivo principal de analisar livros ilustrados considerados infantis, mas com forte potencial comunicativo para outras idades, devido a implícitos e inferências programados. A hipótese elaborada é de que a ilustração não é fator limitador para o tu-interpretante, que pode ser somente infantil ou não. Os livros do corpus principal foram A parte que falta (SILVERSTEIN, 2018a), A parte de falta encontra o grande O (SILVERSTEIN 2018b) e Fico à espera... (CALI, 2007). A pesquisa conta com uma revisão bibliográfica inicial, filiada primordialmente à Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, porém se estabelecem interfaces com outras áreas, principalmente a Teoria e a Crítica da Literatura Infantojuvenil. Como fundamentação teórica, trabalham-se conceitos como “livro ilustrado” e “narrativa”, de Linden (2011), Hunt (2010) e Nikolajeva e Scott (2011); “sentido de discurso”, “interpretação”, “compreensão”, “implícitos” e “modo narrativo”, de Charaudeau (1996, 1999, 2001, 2010, 2013, 2016, 2017, 2018a, 2018b); “inferências”, de Dell’isola (2001); “fases da literatura infantojuvenil”, de Coelho (2000); “literatura crossover”, de Beckett (2009), entre outros. Em meio à parte teórica, já são feitas breves análises, como exemplificações dos conceitos. Algumas dessas aplicações são feitas em fragmentos das obras do corpus principal e outras são realizadas no corpus de apoio, que conta com títulos como Flicts (ZIRALDO, 2012), Meninas (ZIRALDO, 2016), O pequeno príncipe (SAINT-EXUPÉRY, 1994), A árvore generosa (SILVERSTEIN, 2001) e O menino que colecionava lugares (JANER, 2016). Como metodologia de análise, escolheu-se o método qualitativo, por isso apenas três obras. Como resultados, espera-se comprovar que esses três livros verbo-visuais, assim como muitos outros do universo literário, têm potencial destinação para um público amplo, não apenas para o segmento infantil ou juvenil, pois atendem aos critérios crossover de Beckett (2009) e atravessam as classificações tradicionais