Uso de medicamentos e letramento funcional em saúde de pacientes om câncer de um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paes, Nayara Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24963
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2021.m.14202432762
Resumo: O uso racional de medicamentos ocorre quando o paciente recebe o medicamento apropriado para sua necessidade clínica, em dose individualizada e durante um período adequado, entretanto, pacientes podem usar medicamentos incorretamente devido letramento funcional em saúde (LFS) limitado. LFS é a capacidade de um indivíduo compreender e interpretar as informações de saúde, influenciando seu envolvimento em práticas preventivas, na detecção precoce de doenças, no gerenciamento das doenças crônicas, como o câncer, e no acesso e utilização dos serviços de saúde. O objetivo desse estudo foi avaliar os níveis de LFS de pacientes atendidos no ambulatório de oncologia de um Hospital Universitário e os níveis de compreensão da prescrição (CP) médica de uso domiciliar, bem como identificar fatores associados ao LFS e à CP desses pacientes. Foi realizado um estudo do tipo transversal, de julho de 2020 a março de 2021, em que pacientes, que estavam recebendo quimioterapia endovenosa e que utilizavam medicamentos em casa, foram convidados a responder a 3 questionários: um sociodemográfico e de saúde, outro para avaliar seu nível de LFS e um terceiro, para avaliar o conhecimento da prescrição. A prevalência dos níveis de LFS e de CP foram calculadas e regressão logística e Poisson realizadas para analisar a associação entre as variáveis independentes (sociodemográficas, de saúde e relação profissional-paciente) e os desfechos (LFS e CP). A prevalência de LFS inadequado ou limítrofe foi de 55%. A chance de ter LFS limitado foi maior com a idade (OR 1,05), para pacientes que receberam pela primeira vez quimioterapia (OR 4,46) e entre os indivíduos que cursaram até o ensino fundamental (OR 24,06). Cinquenta e seis entrevistados tiveram conhecimento da prescrição regular (53%) e menores escores de LFS e menor escolaridade foram variáveis associadas à menor compreensão da prescrição. O trabalho contribuiu com critérios para identificação de grupos prioritários que necessitam de atenção mais especializada e orientações detalhadas, visando melhorar o cuidado do paciente com câncer