Modelo de intervenções educativas para o uso racional de medicamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Olivera, Carolina Maria Xaubet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-28112013-152058/
Resumo: O farmacêutico, uma vez inserido na equipe multidisciplinar, tem um papel importante a desempenhar na educação em saúde com o objetivo de melhorar o conhecimento sobre as condições crônicas, refletindo positivamente na adesão ao tratamento e em conseqüência nos resultados clínicos e na qualidade de vida dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi elaborar, implementar e avaliar o modelo de intervenções educativas para o uso racional de medicamentos. O estudo clínico longitudinal, prospectivo, randomizado foi conduzido por uma equipe multidisciplinar com 119 pacientes asmáticos (60/grupo controle e 59/grupo intervenção) atendidos no Ambulatório Especializado em Asma do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A elaboração do modelo foi composto de cinco módulos contendo informações básicas sobre a doença, adesão ao tratamento proposto, medicamentos, técnicas de uso de dispositivos e cuidados com os medicamentos, complementado com material impresso e visual. O modelo foi implementado por meio de reuniões de educação dirigidas por profissional farmacêutico e avaliado de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde. As intervenções educativas para o uso racional de medicamentos proporcionaram ao grupo intervenção o aumento de 21% no conhecimento sobre a doença e aprimoramento das técnicas de utilização dos dispositivos inalatórios com significância estatística intra e intergrupos (p<.0001). Os resultados também mostraram aumento do número de pacientes classificados como mais aderentes após a intervenção mensurada pelo Teste de Morisky Green com significância estatística (p. 0.0244) e pelo reabastecimento da receita com significância intragrupo (p = 0.0113). Em relação à função pulmonar, a diferença intergrupos de CVF (p=0.0287) e de 8% do valor de VEF1 (p. 0,0461) sugerem relevância clínica. Os resultados mostram aumento das pontuações com significância estatística intragrupo em todos os domínios do questionário de qualidade de vida com significância estatística. Após a finalização do estudo o modelo foi implementado para o grupo controle e a avaliação mostrou aumento do conhecimento em asma e melhoria da qualidade de vida. Este modelo foi eficaz e economicamente viável para ser implantado pelo SUS quando testado para pacientes com a condição clínica asma e poderá ser adaptado e reproduzido para outras condições crônicas.