Discrepâncias entre uso e prescrição de medicamentos em idosos com doença de Parkinson: um estudo trabsversal em uma farmácia especializada do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silvério, Isabela Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22953
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.12992295736
Resumo: Nos últimos anos proporção de idosos na população é crescente, e com isso diversos setores enfrentam desafios para acompanhar a demanda de cuidados deste grupo etário. Na saúde, destacase o cuidado com doenças crônicas, dentre as quais a Doença de Parkinson (DP), doença neurodegenerativa, crônica e progressiva que é caracterizada pela na perda do controle voluntário do movimento resultado da diminuição da neurotransmissão dopaminérgica. Em idosos é comum a ocorrência de múltiplas condições médicas simultaneamente, e com isso, a necessidade de utilizar vários medicamentos. Por vezes, são prescritos esquemas terapêuticos complexos, com a utilização de medicamentos várias vezes ao dia, como é o caso do tratamento para a DP. A complexidade da farmacoterapia, associada às dificuldades em compreender as informações constantes nas prescrições médicas, pode comprometer o seguimento do tratamento medicamentoso proposto de forma segura e eficaz. Desta forma, este estudo objetivou estimar e caracterizar as discrepâncias entre o modo de uso dos medicamentos e o que é prescrito para os pacientes com DP atendidos em uma farmácia especializada do Sistema Único de Saúde. Para tal, foi conduzido um estudo transversal, no qual 30 participantes foram avaliados a partir da aplicação de formulário estruturado para a coleta dos dados sociodemográficos e farmacoterapêuticos, e a aplicação do formulário validado Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA), para a avaliação do letramento em saúde. Os dados foram analisados quanto a técnicas estatísticas descritivas e, posteriormente, realizou-se o teste do Quiquadrado, e Exato de Fisher, considerando o nível de significância de 5%. Esta população apresentou elevada prevalência de discrepância no modo de uso dos medicamentos (69,2%), destacando-se que aquelasreferentes às doses, horários e frequência dos medicamentos antiparkinsonianos, que parecem estar relacionadas aos seus esquemas de administração. Além disso, grau de letramento em saúde considerado inadequado (53,3%). As variáveis sociodemográficas, farmacoterapêuticas e de letramento em saúde não se mostraram associadas à prevalência de discrepâncias. Contudo, destacase que a ocorrência discrepâncias no modo de uso de medicamentos pode comprometer o controle dos sintomas na DP. Além disso, conhecer o letramento em saúde de uma população é uma estratégia útil para propor intervenções específicas, sobretudo para que pacientes com doenças crônicas, como a DP, consigam gerir seu tratamento medicamentoso corretamente, e por isso, consigam reduzir a ocorrência de discrepâncias e gerir seu tratamento de maneira eficaz e segura