Elekô: mulheres negras na luta por direito à moradia na cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Carolina Câmara Pires dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21601
Resumo: Esta pesquisa se propõe a compreender e analisar a política de remoção das favelas instaurada na cidade do Rio de Janeiro, desde o final do século passado, considerando as perspectivas trazidas pela Teoria Crítica da Raça e da Interseccionalidade. Para tanto, foi realizado um estudo de caso por meio da imersão em campo na Comunidade do Horto, localizada no bairro Jardim Botânico. Além da observação participante, nos moldes da pesquisa ativista, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com as mulheres negras moradoras da referida comunidade a fim de evidenciar as diferentes formas de discriminação enfrentadas neste processo. Por conseguinte, a pesquisa demonstra como algumas relações de poder entre a comunidade e o Estado afetam objetiva e subjetivamente a vida dos moradores e, destaca o protagonismo das mulheres negras no processo de resistência face às remoções. Deste modo, este trabalho reflete sobre a remoção das favelas e a sua relação com o racismo institucional e ambiental empreendido pelo Estado, observando as complexas relações de poder e identificando os impactos subjetivos e estruturais gerados ao povo negro. Realizamos, assim, uma reflexão sobre o protagonismo das mulheres negras moradoras do Horto, ressaltando suas estratégias para defender e exercer o direito à moradia. Discute-se, portanto, como as relações de biopoder são instrumentalizadas, em prol de uma governamentalidade racista, nos processos de resistência das mulheres negras e o futuro dos seus direitos