Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Juliana Gonçalves dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-28032023-203632/
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Resumo: |
Esta pesquisa unida à minha trajetória de vida, analisa o significado do conceito do Bem Viver em setores do movimento de mulheres negras. A mobilização desse conceito nasce em berço andino é evidente e documentada em experiências na América Latina, sobretudo na perspectiva indígena e nas experiências constitucionais de Bolívia e Equador. Junto às mulheres negras brasileiras ativistas, encontro o marco do diálogo com o Bem Viver na Marcha das Mulheres Negras de 2015, ocorrida em Brasília, que contou com a presença de mais de 50 mil mulheres negras vindas de todo o Brasil. A partir da Marcha, ativistas negras de diversos estados passam a reivindicar e trabalhar o Bem Viver. Esta pesquisa identificou quais são as narrativas e práticas políticas do Bem Viver que aparecem nos movimentos e discursos de mulheres negras por meio da enunciação de algumas de suas ativistas. Na conclusão, fica evidente não apenas o uso recorrente do conceito, como a inclusão de valores civilizatórios afro-brasileiros e africanos, além de fundamentos feministas negros no Bem Viver elaborado por mulheres negras brasileiras. Adicionado a isso, observa-se não apenas uma construção ideológica e filosófica, como também o modo como o Bem Viver sustenta uma prática política emancipatória de mulheres negras a partir da enunciação de um Bem Viver negro, africano e amefricano, em diálogo com o trabalho da intelectual Lélia González. Esta pesquisa, dessa forma, evidencia a grande contribuição de mulheres negras na disputa da conceituação e prática do Bem Viver no Brasil. |