A escrita de si de mulheres negras: memória e resistência ao racismo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brito, Bianca Maria Santana de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-01032021-161836/
Resumo: A hipótese deste trabalho é que a escrita de mulheres negras, de formulação estética de sua própria existência e trabalho de memória, possibilita a constituição de subjetividades e de sujeitos coletivos que permitem resistir ao racismo. A partir de reflexões acerca das formulações de Sueli Carneiro sobre dispositivo de racialidade, biopoder, epistemicidio e resistência, foram reunidos textos aqui categorizados como clássicos ou táticos. Fragmentos destes textos foram interpretados à luz de teorias da memória, arquivos, organização política de mulheres negras, resistência e também de informações do contexto em que a escrita se realizou, divididos em sete eixos: sobrevivência física, preservação da saúde e da capacidade cognitiva; elaboração de traumas; organização de sujeitos coletivos; crítica aos processos de exclusão racial, social e de gênero; ruptura com a subordinação e a subalternização aos discursos de dominação racial, de gênero e social; olhar a partir de uma perspectiva própria; proposição de caminhos de emancipação individual e coletiva. A conclusão é de que a escrita de si de mulheres negras é um instrumento de produção e circulação de informação e conhecimento, técnica de pesquisa e tecnologia individual e coletiva de resistência ao racismo.